Meu amigo publicitário Fred Pirillo postou este pensamento no facebook dele: “Existe a imprensa chapa branca. Existe a imprensa do contra. E existe a imprensa imparcial. Pena que esta última seja artigo raro. Opinião de quem já militou em todas as três” – Fred Pirillo.
Por coincidência, eu, Roberto Gutierrez, ressuscitei um texto que há muito estava adormecido em meus achados e perdidos.
O que é ser imparcial? Não pender para nenhum dos lados envolvidos? Ouvir todos os lados envolvidos? Não emitir opinião, mas deixar todos os meios na informação para que o receptor entenda e faça juízo segundo seus critérios evolutivos? A imparcialidade é tão inocente como alguém que não tem a informação.
Veículos e pessoas são imparciais até o momento em que a ameaça racional ou irracional, econômica ou violenta, coloque em risco a tão frágil parcialidade de cada um.
A Justiça, por exemplo, por meio das leis, tenta ser imparcial e nunca conseguirá fazer Justiça. Apenas o Direito!
O Ministério Público, por exemplo, recebe a denúncia de um cidadão usado por um grupo para tirar outro grupo do poder e faz a parte dele: investiga, oferece denúncia e a Justiça tira o mandatário safado e corrupto do poder, para o outro grupo, também dotado de oitavas intenções, assuma o direito de corromper e lapidar os cofres públicos.
Não há como fugir à condição nos imposta pela própria existência porque Guerra, Política e religião têm teor de comercio. Ou em nome da fé, ou em nome da Soberania, ou em nome da ordem pública.
O antídoto contra a parcialidade da imprensa está na capacidade de cada um perceber as coisas nas entrelinhas. Nunca ficar apenas com a versão de um veículo ou comentarista. A verdade dos fatos se traduz na grande mentira disfarçada de notícia, porque não existe verdade absoluta, mas a verdade de cada um. Nem sei por que estou sendo tão parcial neste tema: já sei – é porque estou defendendo o que acho certo. Minha imparcialidade aqui me tornaria alguém sem opinião, pois, concordaria com tudo e com todos.
Portanto a parcialidade ganha personalidade e alma quando há o que se defender. No caso, a imparcialidade partiria de quem lê para metabolizar tudo e criar um parecer opinativo que se tornaria parcial.
Meus caros amigos, entendam que corruptos e corruptores, amigos do poder e os que se alimentam da rebarba de respingos, funcionam mais ou menos como a cadeia alimentar no oceano, no rio ou na selva. O equilíbrio de tudo ao qual se transforma na sustentabilidade, está dentro de cada um capaz de querer mudar posições dentro da cadeia alimentar. Como se quisesse dizer: agora é minha vez. Esse artigo eu o escrevi em 1979, quando foi decretada a anistia no Brasil e teríamos à frente a liberdade de imprensa.
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