Eleições 2014 – Vem aí super coligação pra deputado federal?

Fátima Vice?

Uma ala do PT com base na Capital de Rondônia está fazendo de tudo para que Fátima Cleide seja indicada como candidata a vice do governador Confúcio Moura (PMDB). Aliás, quem estaria alimentando esse desejo para alguns formadores de opinião seria David Nogueira, muito ligado a Fátima Cleide. David não é mais da executiva do PT e nem tem carta branca para negociar em nome do partido.

 

Conjecturas

No entanto, é preciso juntar algumas coisas para saber como anda a estratégia: observe que o deputado Padre Ton (PT-RO) já disse que prefere voltar a rezar missa do que ser vice do PMDB (Confúcio). Mas em momento algum ele disse que não abriria mão de uma candidatura dele a governador.  Se isso acontecesse, ele não sairia como mentiroso. O problema é que ele está gostando da ideia de ser governador, mas o PT Nacional tem outras necessidades.

 

Divididos, mas comum propósito

O PT de Rondônia tem duas alas que não se bicam: a que comanda o Partido liderada pelo Padre Ton, e a outra ala da capital. Essa ala articula o desejo da indicação de Fátima Cleide para vice de Confúcio. Mesmo parecendo estranho, com essa atitude, Fátima Cleide pode realizar o desejo maior da Executiva Nacional do PT, que é eleger deputados federais. Governador de um Estado de um milhão de eleitores não interessa a nenhum grande partido, a não ser pela quantidade de deputados ou senador que pode eleger.

 

Supercoligação para federal

Seguindo esse raciocínio, entra o PMDB, que, ao refazer as contas, pode rever conceitos, ou seja, admitir coligar na proporcional para deputado federal. Vamos imaginar que o PMDB tenha realmente fechado com o PTB do deputado federal Nilton Capixaba. Vamos imaginar ainda que o PT feche com o PMDB também para deputado federal. Os números indicam uma supercoligação capaz de eleger seis deputados federais. Repare que isso não é impossível, haja vista que Olavo Pires (PTB) conseguiu esse feito em 1990, quando os partidos que o apoiavam elegeram os oito deputados federais, ou seja todas as vagas de Rondônia.

 

Pistas

Uma das pistas deixadas dando sinal que isso é possível de acontecer seria o motivo do empresário Alexandre Dartiballi estar fora da disputa para deputado federal. Ora bolas, para o PMDB conseguir reunir petistas e Nilton Capixaba (PTB) numa coligação para deputado federal, tem que retirar nomes da nominata. Assim sendo, Dartiballi teria sido convidado a sair do banco. Não só ele, como outros nomes do PMDB que não se elegeriam, mas ajudariam muito na soma da legenda.

 

PSB nem pensar

Observe que o PMDB abriu mão de qualquer indicação do PSB para vice. Aliás, tudo que estiver cheiro de Mauro Nazif, vai empestar que estiver junto. O PMDB deve ter percebido que Porto Velho é um grande colégio eleitoral, que Confúcio não está tão bem na foto lá e, se ficar colado no PSB do Mauro, vai afundar junto.

 

Raposa de chapéu

O senador Ivo Cassol (PP-RO), que não é bobo, percebeu isso há muito mais tempo e teria armado para manter o deputado Maurão de Carvalho com pré-candidato a governador. No momento certo ofereceria a mulher dele ou a irmã como vice de Confúcio Moura. Na hora “HAGÀ” retiraria a indicação de vice e lançaria Ivone Cassol ou Jaqueline a governador. Isso tudo para desmontar a estratégia do PMDB.

 

Não morde mais

O problema é que Cassol está virando leão banguela. Não consegue mais bater na mesa como antigamente. Os aliados e até alguns capachos perceberam que ele não morde e querem tomar as rédeas do processo. Ter o Cassol como aliado é um bom negócio, mas empurrar de goela abaixo todas as vontades dele, os aliados não querem mais. Aliás, perceberam tarde demais que um bom acordo para o Cassol, no sentido figurado, é quando o traseiro da vítima entra no negócio. Hehehehe.  Há, quanto a União do PT com o Ivo Cassol, não passou de um Samba do Criolo Doido.

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