Fátima Vice?
Uma ala do PT com base na Capital de Rondônia está fazendo de tudo para que Fátima Cleide seja indicada como candidata a vice do governador Confúcio Moura (PMDB). Aliás, quem estaria alimentando esse desejo para alguns formadores de opinião seria David Nogueira, muito ligado a Fátima Cleide. David não é mais da executiva do PT e nem tem carta branca para negociar em nome do partido.
Conjecturas
No entanto, é preciso juntar algumas coisas para saber como anda a estratégia: observe que o deputado Padre Ton (PT-RO) já disse que prefere voltar a rezar missa do que ser vice do PMDB (Confúcio). Mas em momento algum ele disse que não abriria mão de uma candidatura dele a governador. Se isso acontecesse, ele não sairia como mentiroso. O problema é que ele está gostando da ideia de ser governador, mas o PT Nacional tem outras necessidades.
Divididos, mas comum propósito
O PT de Rondônia tem duas alas que não se bicam: a que comanda o Partido liderada pelo Padre Ton, e a outra ala da capital. Essa ala articula o desejo da indicação de Fátima Cleide para vice de Confúcio. Mesmo parecendo estranho, com essa atitude, Fátima Cleide pode realizar o desejo maior da Executiva Nacional do PT, que é eleger deputados federais. Governador de um Estado de um milhão de eleitores não interessa a nenhum grande partido, a não ser pela quantidade de deputados ou senador que pode eleger.
Supercoligação para federal
Seguindo esse raciocínio, entra o PMDB, que, ao refazer as contas, pode rever conceitos, ou seja, admitir coligar na proporcional para deputado federal. Vamos imaginar que o PMDB tenha realmente fechado com o PTB do deputado federal Nilton Capixaba. Vamos imaginar ainda que o PT feche com o PMDB também para deputado federal. Os números indicam uma supercoligação capaz de eleger seis deputados federais. Repare que isso não é impossível, haja vista que Olavo Pires (PTB) conseguiu esse feito em 1990, quando os partidos que o apoiavam elegeram os oito deputados federais, ou seja todas as vagas de Rondônia.
Pistas
Uma das pistas deixadas dando sinal que isso é possível de acontecer seria o motivo do empresário Alexandre Dartiballi estar fora da disputa para deputado federal. Ora bolas, para o PMDB conseguir reunir petistas e Nilton Capixaba (PTB) numa coligação para deputado federal, tem que retirar nomes da nominata. Assim sendo, Dartiballi teria sido convidado a sair do banco. Não só ele, como outros nomes do PMDB que não se elegeriam, mas ajudariam muito na soma da legenda.
PSB nem pensar
Observe que o PMDB abriu mão de qualquer indicação do PSB para vice. Aliás, tudo que estiver cheiro de Mauro Nazif, vai empestar que estiver junto. O PMDB deve ter percebido que Porto Velho é um grande colégio eleitoral, que Confúcio não está tão bem na foto lá e, se ficar colado no PSB do Mauro, vai afundar junto.
Raposa de chapéu
O senador Ivo Cassol (PP-RO), que não é bobo, percebeu isso há muito mais tempo e teria armado para manter o deputado Maurão de Carvalho com pré-candidato a governador. No momento certo ofereceria a mulher dele ou a irmã como vice de Confúcio Moura. Na hora “HAGÀ” retiraria a indicação de vice e lançaria Ivone Cassol ou Jaqueline a governador. Isso tudo para desmontar a estratégia do PMDB.
Não morde mais
O problema é que Cassol está virando leão banguela. Não consegue mais bater na mesa como antigamente. Os aliados e até alguns capachos perceberam que ele não morde e querem tomar as rédeas do processo. Ter o Cassol como aliado é um bom negócio, mas empurrar de goela abaixo todas as vontades dele, os aliados não querem mais. Aliás, perceberam tarde demais que um bom acordo para o Cassol, no sentido figurado, é quando o traseiro da vítima entra no negócio. Hehehehe. Há, quanto a União do PT com o Ivo Cassol, não passou de um Samba do Criolo Doido.
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