Filho teu não foge à luta – o sonho de uma homem chamado Roberto Kuppè

 kuppe ,,Por Roberto Gutierrez – O que leva alguém que ganhou na Loteria da Caixa a querer se tornar prefeito de uma cidade de Rondônia? Vaidade, loucura, sonho, vontade de ganhar dinheiro, ou um sentimento que está muito além da compreensão materialista?

Aposto muito que esse sentimento esteja ligado ao amor por uma cidade natal, cujos amigos de verdade são os da infância. Não deve ser fácil ver um lugar que se gosta muito esquecido e carente de ações elementares para torná-la um lugar melhor para todos.

Daí vem à pergunta: vale apena? Para os egoístas e mesquinhos, a resposta poderia ser não. Mas para aqueles que são altruístas, que entendem que é preciso evoluir para o bem, tornando-se um ser humano melhor, útil ao meio em que vive a resposta seria sim.

Não vejo outra definição aos anseios manifestados pelo jornalista Roberto Kuppè, a se referir com tanto carinho pela adorável Guajará-Mirim, quando diz que está ensaiando a possibilidade disputar a prefeitura da Pérola do Mamoré.

Por que não? Por que não acreditar? Por que não apostar nesta ideia. Aliás, o país não reclama a ausência de pessoas capazes de conduzir um mandato popular com dignidade, bom senso e honestidade?

Não vou aqui discutir sobre algumas ideias que Kuppè têm em mente sobre Guajará, mas, dizer que não é tarefa fácil sair do conforto e segurança de uma vida à beira-mar, de dizer o que pensa como jornalista para se tornar a vidraça. Aliás, caso Roberto Kuppè consiga ser o prefeito de Guajará-Mirim, não conseguirá agradar 100% e terá que aprender a conviver com o contraditório; mas no quesito engolir sapo, todos nós, jornalistas já tivemos dessabores assim, principalmente quando não somos donos do veículo de comunicação. Mesmo assim, aprendi que poderia até publicar algo que não concordava, mas, jamais escreveria algo que não o quisesse. Acredito que ele, Kuppè, que vem de ‘escola’ igual, não é indiferente a isso.

Penso que Guajará-Mirim não terá nada a perder em apostar no sonho de um filho da terra chamado Roberto Kuppè, cujo desejo não deve ser diferente dos milhares de guajaramirienses tão cansando de promessas que não viram realidade. No entanto, o problema de Guajará-Mirim, assim como de demais cidades de Rondônia que atravessam problemas graves como Porto Velho, está na falta da continuidade. É preciso dar sorte para que surja uma boa sequência de prefeitos, pois, os problemas não se resolvem todos em quatro anos, mas, como um quebra-cabeça, vai se montando aos poucos.

Caso realmente queria assumir esse desafio, Kuppè, desejo boa sorte, pois, como já disse, não será tarefa fácil, mas, com dedicação, a pérola do Mamoré poderá brilhar de verdade.

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