Administrado pelos produtores Domingos Mendes da Silva e Vilmar Coletti, o denominado Projeto Experimental Piraçaí tem apoio e assistência técnica da Secretaria de Agricultura de Rondônia (Seagri) e da Empresa de Assistência e Extensão Rural (Emater) em todas as fases do projeto. Para seo Domingos, como é conhecido o piscicultor, “este apoio e os investimentos do governo é de um valor sem igual, e eu louvo a Deus pela oportunidade de produzir”, disse.
Proprietários da empesa Rondônia Alimentos, os empresários Laércio Aguiar e Arthur Labes, que aguardam a conclusão das obras do frigorífico de pescado em Porto Velho, informaram que vão transportar semanalmente 8 toneladas de pirarucu para São Paulo, até que o frigorífico local seja entregue.
O complexo industrial da Rondônia Alimentos será instalado no novo distrito industrial da Capital e terá um investimento de R$ 45 milhões. Serão três unidades de produção: frigorífico de pescados com área de tecnologia, indústria de farinha e indústria de ração.
De acordo com dados da Coordenadoria Estadual de Pesca e Aquicultura a produção de pescado de Rondônia – pirarucu, pintado e tambaqui – se aproxima das 100 mil toneladas/ano, talvez até um pouco mais, tendo em vista que com a descentralização da emissão das licenças ambientais – hoje também sob a responsabilidade direta de alguns municípios -, os dados disponibilizados pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Ambiental (Sedam) dizem respeito apenas à parcela que ela controla. Entretanto, todos esses dados já estão sendo consolidados pela Seagri que brevemente deverá divulgá-los para que sirva de subsídios para o próprio Governo na formalização de sua política para o setor, assim como para a iniciativa
Presente ao evento, o vice-governador Daniel Pereira era um dos mais entusiasmados com o projeto, e disse que Rondônia está à frente como modelo tecnológico de criação de peixe, demonstrando, ao lado do técnico Marcos Carvalho, da Emater, que o projeto desenvolvido pelo Governo do Estado, em parceria com a Santo Antonio Energia, tornou-se um modelo de vida e produção sustentável, sem desperdício e com a plena utilização de todos os resíduos da criação do peixe – fezes, restos de ração e a própria água onde são criados –, devidamente usados na adubação e irrigação das lavouras do Sítio Recanto dos Pássaros – açaí, banana, café, hortaliças, coco e outras.
O vice-governador explicou que, nesta fase, toda produção será processada em São Paulo, o que é uma medida temporária, já que até abril próximo ano será inaugurado o frigorífico de Porto Velho, tornando possível a armazenagem e todas as etapas do processamento até a exportação. Daniel Pereira fez questão de citar a importância dos órgãos do governo – Seagri e Emater – que foram decisivos na implantação deste modelo inovador de produção, que combina espaço (mínimo) com alta produtividade.
Segundo ele, com este modelo não é preciso ter um rio ou desviar um rio para compor os tanques. “O projeto exige um espaço mínimo e uma inovação desta precisa ser expandida”, previu Daniel Pereira, repetindo que, no futuro, o Estado vai produzir, processar e exportar tudo em seus próprios domínios.
Fonte
Texto: Cleuber R Pereira
Fotos: Ésio Mendes
Decom – Governo de Rondônia
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