Com a previsão de entregar 10 mil toneladas de calcário este ano nas pequenas propriedades produtivas de Rondônia, a Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri) está planejando dobrar a produtividade das lavouras e áreas de pastagem sem aumentar o tamanho da área de cultivo.
Segundo o titular da Seagri, Evandro Padovani, o estado de Rondônia tem feito grande esforço para expandir sua estratégia de produção sustentável, que alia a utilização de técnicas inovadoras de cultivo, com adubação e irrigação adequadas e inovações tecnológicas, com a produção e distribuição de mudas de cereais e grãos modificados geneticamente, como a variedade de café conilon BRS Ouro Preto, desenvolvido pela Embrapa, e que está fazendo uma revolução no campo devido a sua alta produtividade.
Produtores rurais como Plínio Cella e os próprios técnicos da Seagri são unânimes em afirmar que Rondônia vive um momento ímpar, um tempo novo no campo, e que não há mais como abrir mão do uso das inovações tecnológicas para trabalhar a terra, da mesma forma que é imprescindível a utilização do calcário para controlar a acidez do solo – praticamente todo o solo rondoniense tem essa exigência. Nesta circunstância, este mineral, abundante em Rondônia, destaca-se como um insumo básico para a agricultura e a pecuária, pois corrigindo a acidez do solo melhora a produtividade das lavouras e das pastagens, contribuindo decisivamente para o aumento da produção de grãos e da pecuária de corte e leite.
Por este motivo, o governo fez importantes investimentos na produção de calcário, injetando mais de R$ 12 milhões na construção da nova usina, inaugurada no ano passado, que passou a produzir cerca de 800 toneladas do mineral por ano. E esta produção poderia ser ainda maior se não fosse o empecilho da estação chuvosa que prejudica o processo de moagem e estocagem, segundo afirma o engenheiro agrônomo José Mariano Tancredi, responsável na Seagri pelo agendamento e transporte do calcário para as associações e cooperativas de produtores rurais.
O transporte do calcário continua sendo feito pela Seagri, com o apoio da Emater, que controla a distribuição nas associações e presta toda orientação e assistência técnica aos agricultores, incluindo a análise do solo que determina os níveis quantitativos de aplicação em cada propriedade.
SAFRA RECORDE DE GRÃOS
Não se trata de uma superprodução, mas a safra de grãos deste ano tem previsão de crescimento acima dos níveis estimados, já que neste ponto se considera a diminuição da área plantada, que está recompensando o agricultor com um recorde de produtividade, marcado por vários fatores, entre eles inovações tecnológicas introduzidas na agricultura rondoniense nesta safra, citadas pelo secretário Padovani, que destacou também a distribuição de calcário proporcionada pelo governo como outra importante medida que está levando o setor produtivo a este resultado.
Para se ter ideia, a previsão da Seagri é de que Rondônia tenha uma colheita de soja na safra deste ano de 704.419 toneladas, que representa um percentual de 12% de crescimento em relação à safra de 2014. No mesmo nível de crescimento, a safra de milho deste período bate um recorde histórico, chegando a 572.192 toneladas, com um percentual de crescimento próximo ao da produção de soja.
Com exceção da produção de arroz e feijão, que deverá ter uma pequena queda na safra deste ano – ambas estimadas em 109.881 e 21.295 toneladas respectivamente, com a justificativa de que a opção foi pela lavoura de soja -, a produção de café também cresceu em que pese a diminuição da área plantada. Rondônia vai colher nesta safra de 2015 cerca de 84.513 toneladas de café, segundo dados da Secretaria de Estado da Agricultura.
Fonte
Texto: Cleuber R Pereira
Fotos: Dhiony Costa e Silva
Decom – Governo de Rondônia
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