Coluna do Gutierrez dá pau nos medrosos do poder que deixaram acabar com as festas de Ouro Preto/RO

Para Roberto Gutierrez, enquanto na Ásia e África são necessários homens-bombas do Estado Islâmico para acabar com a fonte econômica de Turismo, em Ouro Preto/RO, os políticos eleitos são mais eficientes.

Acorda, Ouro Preto!!!

Os vereadores de Ouro Preto do Oeste e a prefeita (e agora o prefeito), inclusive, o deputado Marcelino Tenório, têm que criar coragem e reagir. Como pode uma cidade que num passado recente era tida como a mais importante de Rondônia, depois da Capital – Porto Velho – na realização de festas populares e agora, nem Parada de Sete de Setembro vai promover?  Gente, Ministério Público não morde. Ministério Público quer que as coisas sejam feitas de forma certa. Por isso, levantem-se da cadeira e façam alguma coisa neste sentido.

 

Por que promover eventos?

Vou contar um caso simples que sempre uso em palestras: Um vendedor chegou ao distrito  Rondominas, deu R$ 100 para o dono do hotelzinho e foi ao quarto tomar banho. Ele era cliente antigo e ficaria dois dias no hotel. O dono do hotelzinho pegou os R$ 100 e deu para a arrumadeira que, por sua vez, pagou uma conta na padaria; o cara da padaria foi ao mercadinho e pagou uma continha de R$ 100;  a atendente do mercado pegou um vale de R$ 100 e foi à farmácia pagar uma conta; o dono da farmácia, pegou os R$ 100 e mandou pagar uma conta no hotel. Assim que o dono do hotelzinho recebeu os R$ 100 reais, saiu do quarto o viajante preocupado dizendo que tinha que ir embora para Ji-Paraná porque a mulher dele, grávida, havia sofrido uma queda. Sem pensar duas vezes, o dono do hotel pegou os R$ 100 reais e devolveu para o vendedor viajante que, na semana seguinte, estaria de volta.

A nota de CEM REAIS circulou no distrito resolvendo a vida de muita gente e, ao final, foi devolvido para quem o havia colocado em circulação.

 

Moral da história

Portanto, senhores vereadores, prefeitos, deputados e a quem mais interessar, quando Ouro Preto do Oeste/RO realiza uma festa evangélica com cinco, dez, 15 mil pessoas; quando realiza um Carnaval fora de época; uma festa de aniversário do município; um simpósio técnico, um latino americano de motocross,  um festival de voo livre, um encontro de promotores públicos ou de magistrados, isso tudo representa dinheiro rápido circulando na economia local. Todos saem ganhando.

 

Fato

Ouro Preto levou décadas para se consolidar como cidade de grandes eventos festivos e, de repente, tudo é jogado no lixo!!! Por que, Porque? Não se trata de festinha ou arruaça, trata-se de economia, turismo  regional de fim de semana, principalmente para uma cidade eu clama por emprego!

 

Ironia do ‘intestino’

Olha só que engraçado: ontem li nos noticiários que terroristas do Estado Islâmico estão atacando com homens bombas lugares turísticos da Ásia e África para desmantelar a grande fonte de renda deles que é o turismo que representar 30% da economia para enfraquecer esses países.

Aqui em Ouro Preto não é preciso a ação do Estado Islâmico, os políticos eleitos são mais eficientes contra a nossa economia sem precisar soltar uma bomba.  É pra rir ou pra chorar? Hehehehe.

(Roberto Gutierrez é Jornalista e está em Ouro Preto há 45 anos).

Fotos: Edmilson Rodrigues – CorreioPopular.com.br

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5 Comentários

  1. concordo com vc meu amigo gutierrez, em parte, mas não adianta nada!!! festas como motocroos, festival de voo livre….. e outras. o que aquece a economia de uma cidade é industrias,empregos. o que adianta ter festas na cidade se o pai de familia não tem uma moeda de 01 real, pra comprar um picolé para seu filho? mesmo porquê essas festas concentra uma renda nas mãos de 06 dúzias de pessoas.

    • Festas, ou seja, eventos, atraem divisas econômicas para a cidade. Não concentra em mãos de alguns, mas o dinheiro no mercado circular em todos os sentidos. Isso não sou eu quem diz, mas especialistas em economia. Ou seja, em Macro economia, a visão da circulação de moeda sobrepõe aos calendários normais da economia local, como o pagamento do Leite, o pagamento do Café, o pagamento do funcionalismo. Estamos falando em coisas que atraiam as pessoas. cinco mil evangélicos em uma acontecimento de três dias em Ouro Preto, por exemplo, vão gastar em média R$ 200 cada significam um milhão de reais na economia. a dificuldade de emprego em Ouro Preto se deve à proximidade de centro maior como JI-Paraná. Jaru é melhor porque está mais longe. Ariquemes é melhor ainda porque esta ainda mais longe. Ouro Preto tem que se valer de um outro aspecto: das cidades que estão no entorno como Mirante, Urupá. Vale, Teixeirópolis, Urupá, Rondominas Nova União. 30% dessas populações saem da cidade delas para comprar fora. 10% desse montante procura Ouro Preto, o restante vai para JI-Paraná. o que é natural. Logo, Ouro Preto precisa redefinir ou criar estratégias de mercado.

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