O senador Roberto Requião (PMDB-PR) e os ex-senadores Fátima Cleide e Cyro Miranda tiveram suas gestões à frente da Comissão de Educação relembradas durante a inauguração, nesta terça-feira (20), da galeria de ex-presidentes, que incluiu a aposição dos seus retratos.
O atual presidente, Romário (PSB-RJ), fez menção a diversas propostas aprovadas desde 2010, durante os mandatos dos ex-presidentes. Ele lembrou que entre 2013 e 2014, na presidência de Cyro Miranda, foram aprovados o Plano Nacional da Educação, o combate ao bullying e a atualização da legislação referente a direitos autorais.
Já durante a gestão de Requião (2011-2012), foram aprovados o aumento da carga horária mínima anual no ensino básico e o aumento da exigência de freqüência mínima visando a aprovação nas séries da educação básica.
Em 2010, quando Fátima Cleide esteve à frente do colegiado, foi citada por Romário a aprovação do Plano Nacional de Cultura e da exigência de formação universitária aos docentes da educação básica.
Homenagens
Em seu agradecimento, Fátima Cleide fez questão de lembrar que foi a primeira mulher e funcionária de escola a presidir a comissão, “após 121 anos de história do Senado”. Acredita que pôde contribuir não só durante esse período, mas durante todo seu mandato (2003-2011) participando ativamente dos projetos de aprovação do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), da criação do piso salarial dos professores e da destinação de royalties do pré-sal para o setor.
Ela ainda elogiou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente Dilma Rousseff pelas políticas que implementaram desde 2003, como a criação do Programa Universidade para Todos (Prouni) e do Programa de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), além do Ciência sem Fonteiras, da ampliação do ensino fundamental para 9 anos, da abertura de vagas no ensino superior e da ampliação do ensino universitário ao interior do país, dentre outras iniciativas.
Ela ainda criticou a oposição por, segundo ela, “estar atacando o Estado de Direito” ao buscar o impeachment de Dilma.
— Chamam de “pedaladas” nosso compromisso com a justiça social, são essas políticas que estão sendo contestadas — acredita a ex-senadora, que é filiada ao PT.
Requião elogiou o pronunciamento de Cleide dizendo que deu “continuidade ao trabalho dela, dos outros presidentes e à parceria com o Ministério da Educação”.
Cyro Miranda também se manifestou, criticando a presidente Dilma pelo corte de R$ 10 bilhões feito no orçamento do Ministério da Educação para este ano e o que percebe como uma “descontinuidade administrativa” na pasta.
— Não se constrói uma pátria educadora tirando bilhões da área e nomeando seis ministros diferentes em quatro anos — criticou o ex-senador, que é filiado ao PSDB.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
Faça um comentário