Ao tomar conhecimento de que o desembargador Roosevelt Queiroz manteve a suspensão do concurso de Presidente Médici, o vereador Sargento Rubi (PMDB) fez sérias declarações sobre o certame e também sobre a postura ímproba da prefeita Lurdinha do Sindicato para tentar remediar o irremediável.
Segundo ele, o concurso está “morto” porque está eivado de irregularidades não somente técnicas, mas também envolto em crimes e fraudes que comprometem seu prosseguimento. Ele destaca ainda que a própria Justiça, em dois momentos já reconheceu essas irregularidades do concurso, denunciadas pela Câmara Municipal.
Sargento Rubi foi presidente da Comissão Especial que apurou indícios de irregularidades no concurso e agora foi escolhido para presidir a Comissão Parlamentar que vai investigar a fundo todo os prováveis crimes praticados no certame. A partir de fevereiro, a CPI retorna com os trabalhos e muita denúncia poderá vir à tona.
“Não bastassem os erros gravíssimos erros técnicos como a pontuação de candidatos que sequer compareceram à prova, descobrimos que o concurso não tem sequer banca. Ouvimos os professores que a empresa realizadora do concurso constou como elaboradores das questões, mas eles disseram que não elaboraram nenhuma pergunta no concurso”, denunciou Rubi.
O que mais chama a atenção do vereador é a teimosia da prefeita Lurdinha, que mesmo tendo sido alertada pela Câmara, inclusive desrespeitando decisões do Legislativo, ainda age com a intenção de dar prosseguimento ao concurso. “Ela (a prefeita) formou uma comissão que simplesmente, após analisar o nosso relatório e do MP, recomendou o prosseguimento do certame, ressaltando que as irregularidades não eram suficientes e não mereciam guarida do Executivo”, disse.
A atitude inconveniente da prefeita, segundo o vereador, é inclusive, não passou despercebida inclusive do Ministério Público que entrou com uma liminar na Justiça de Presidente Médici ao tomar conhecimento que o Executivo Municipal não estava respeitando decisões da Câmara Municipal que sustou o andamento do concurso. Não satisfeita com a liminar desfavorável, ela ainda recorreu ao TJ-RO, onde também teve o recurso negado.
A multa pelo descumprimento da decisão (prosseguir com o concurso) é de R$ 4 mil/dia. O concurso está suspenso por 60 dias até que o MP entre com a ação civil pública para que a Justiça apure em definitivo de quem é a responsabilidade pelas irregularidades. Para o vereador, a atitude da prefeita só piora a situação do concurso e dos concursados que ainda sonham em tomar posse.
“Vi dia desses a prefeita falar na mídia que recorreu da sentença por recorrer, pois sabia das irregularidades. Essas declarações são graves, primeiro porque faz pouco caso da Justiça, uma vez que ataca o Ministério Público e, segundo que a torna uma ré confessa. Como é que ela quer dar prosseguimento um concurso que está cheio de irregularidades?”, questionou o vereador.
Ao concluir suas declarações, o vereador disse que a prefeita Lurdinha tivesse agido com honestidade e com probidade, ela teria cancelado o concurso já no final de outubro quando as denúncias vieram à tona através da mídia e da própria Câmara Municipal. “Seja naquela época, ela tivesse cancelado o concurso, evitaria desgastes e já teria dado tempo de ser elaborado outro concurso”, comentou.
Na opinião do vereador não há como sanar o concurso. Essas irregularidades não foram praticadas por candidatos, mas por pessoas que elaboraram o concurso. Depois do Ministério Público, o Tribunal de Contas já requisitou informações da prefeita sobre o concurso e a situação que já era ruim, pode piorar ainda mais.
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