Roberto Gutierez/da redação – A enchente-relâmpago que aconteceu nesta sexta-feira em Ji-Paraná por conta da chuva que foi constante e com intervalos fortes por mais de 12 horas, não apenas desabrigou temporariamente muita gente, como deixa um alerta: nos próximos anos a situação poderá piorar. A enchente só não teve efeitos piores porque o Rio Machado não está ao nível da caixa, ou seja, no limite para transbordar. Esta cidade de Rondônia fica distrante 360 km da capital Porto Velho.
O Corpo de Bombeiros passou o dia atendendo a chamados. A Defesa Civil, inclusive, montou um plano emergencial para alojar os desabrigados, mas, a maioria que teve a casa alagada, preferiu ir para a casa de parentes.
Por volta da 15 horas as águas começaram a baixar com rapidez igual a que provocou a enchente. Todos as famílias que vivem próximas aos córregos e igarapés que cortam a cidade de Ji-Paraná, em especial, o Dois de Abril, foram vítimas dessa alagação.
Causa
Além dos motivos normais quanto à construção de moradias em local de risco, desta vez, muitas outras casas sem histórico de enchente foram atingidas. Isso se deve ao motivo de que a chuva não foi apenas na cidade, mas ao logo das cabeceiras desses igarapés. Somado a isso, a impermeabilização da cidade e o curso natural das enxurradas vindas de lugares altos em direção aos córregos.
A enchente não se estendeu por mais tempo porque o Rio Machado está bem abaixo do nível de provocar alagação. Não fosse isso, os igarapés e córregos não teriam força suficiente de transpor o Machado que faz uma barreira natural.
Perdas
O efeito surpresa foi o agravante para o prejuízo de muitas famílias. Não deu tempo para tirar todos os móveis e muita coisa ficou boiando dentro de casa. A Defesa Civil deve apresentar neste sábado números oficiais da enchente em Ji-Paraná que, primeira vez, não teve o Rio Machado como protagonista da tragédia. Os bairros Parque São Pedro, Primavera, São Francisco, Santiago, Duque de Caxias, parte do bairro Casa Preta e os setores próximos ao igarapé Dois de Abril foram os mais afetados.
Faça um comentário