Com a desculpa de que era apenas para saber se a menina era virgem, pastor abusa sexualmente da própria filha de 13 anos e o caso só veio à tona porque a adolescente, hoje com 17 anos de idade, resolveu contar o fato à polícia. Cansada dos abusos foi morar com uma amiga que a encorajou a denunciar.
O líder religioso acabou preso nesta quinta-feira (28/01) durante a realização de um culto em uma igreja de Vila Velha, Espírito Santo. O pastor, que também é taxista, é dono de duas igrejas, estava com a mobilha em caixas dando ao entendimento que se preparava para ir embora.
No depoimento da vítima ao delegado Lorenzo Pazolini, titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), o pastor cometia os abusos sexuais no quarto da filha. O delegado completou que os abusos foram ficando cada vez mais graves, até que no último ano o pai passou a ter relações sexuais com conjunção carnal com a própria filha.
Ela morava com a avó no interior do Pará, depois foi morar em Vila Velha com o pai, a madrasta e dois irmãos: um de quatro e outro 13 anos de idade. A madrasta disse que nunca tinha visto nada e nem desconfiava do marido. “Um homem de Deus”, concluiu, ao dizer que ele também era visto como um bom homem por seus fiéis.
Basta!!!
Ela deu um fim a esse inferno ao qual vivia no último dia 9, quando foi morar na casa de uma amiga que lhe encheu de coragem para fazer a denúncia sobre os abusos, ameças e violência sofridos durante anos. A polícia tomou conhecimento do caso no dia 11 deste mês, mas teve que aguardar a volta do pastor que estava no interior do Pará, Estado no qual abriria mais uma igreja.
O pastor submetia a filha aos abusos sexuais nos mesmos horários, todos os dias com agressão física e xingamentos por conta da recusa. Ela se tornou prisioneira de um inferno rotineiro – como escrava sexual. A adolescente contou à polícia que, ao ver o choro dela, o pai às vezes parava e pedia perdão, mas, no dia seguinte, voltava de novo.
‘Pastor Ginecologista’
Em depoimento, o acusado tentou se defender de que mantinha tal prática para comprovar a virgindade da adolescente. Ele suspeitava de que a menina mantinha um encontro com um rapaz.
“No começo era para atestar a virgindade, porque ela só poderia se casar na minha igreja se fosse virgem”, defendeu-se o pastor.
Perguntado se tem arrependimento do que fez, o pastor disse saber que foi errado ao ter colocado a mão nela, colocado o dedo nela, mas, disse que sempre foi um bom pai.
A notícia sobre o ‘pastor ginecologista’ se espalhou no Centro de Triagem de Viana, onde o acusado está preso. A carceragem teve que colocá-lo isolado por conta da fúria de presos que entendem que esse tipo de crime não tem perdão. ‘Proctologistas’ de toda a ordem se oferecem para atestar a virgindade do pastor que, se condenado, poderá ficar preso por mais 15 anos.
Da redação da Folha de Rondônia News – Roberto Gutierrez
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