Comandante da Polícia de Militar de Rondônia elege a Liga dos Camponeses Pobres (LCP) como inimigos do Estado, iguala-os à condição de terroristas e diz que a Segurança Pública não vai descansar enquanto não prender todos esses criminosos. “Vamos colocá-los no devido lugar”, concluiu o coronel Ênedy Dias de Araújo, que está comandando uma operação na região do Vale do Jamari para prender bando que invade e destrói fazendas. Essa operação acontece no momento em que um Pecuarista foi assassinado a tiros por matadores encapuzados na porta da fazenda em Três Coqueiros, distrito de Campo Novo de Rondônia.
Lenilson Guedes/DeconBPM – Preocupado com a situação que vem se agravando no Vale do Jamari, onde pessoas intituladas da Liga dos Camponeses Pobres (LCP) vem causando terror aos fazendeiros, deixando rastro de destruição e ameaças, o comandante-geral da Polícia Militar de Rondônia, coronel PM Ênedy Dias de Araújo se deslocou ontem, 9 de fevereiro de 2016, a região e junto com os demais organismos de Segurança coordenar ações na região para diminuir a violência no campo.
Ainda ontem, o coronel Ênedy esteve reunido com representantes da comunidade de Monte Negro, juntamente com policiais militares e civis para obter mais detalhes sobre a ação do bando.
Sobre os fatos ele disse a imprensa local que a Segurança Pública do Estado através do secretário Antônio Carlos dos Reis, a Polícia Militar e a Polícia Civil através do delegado-geral, Elizeu Müller, estão unidas e prontas para combater esse tipo de ação. “Temos todas as equipes voltadas para evitar novas situações envolvendo essa questão dos conflitos agrários”, observou o coronel PM.
Coronel PM Ênedy disse que a Segurança Pública “não vai descansar enquanto não prender todos esses criminosos, que considero na verdade, terroristas. Esses ditos sem-terra agem como terroristas. Vamos coloca-los no devido lugar. Por isso, vim aqui hoje para definir as novas estratégias de combate esses criminosos”.
Ações criminosas
O comandante alertou as pessoas que estão compartilhando com essas ações da LCP, que podem também ser considerados partícipes das invasões. “Quem estiver dando apoio a esse tipo de gente, será preso. Essas pessoas estão sendo investigadas e a qualquer momento serão presas, incluindo quem estiver dando apoio. Se você der auxílio a um homicídio, será preso por coautoria. Se for por ameaça, invasão ou danos, acontecerá o mesmo”.
União
Aos jornalistas em Ariquemes o comandante geral reafirmou a parceria entre as Polícias Civil e Militar. “Estou aqui para destacar ainda mais a união entre as Polícias Civil e Militar para coordenar e combater esses crimes bárbaros que ocorreram nos últimos dias envolvendo propriedades agrícolas na região”. Ele disse que conta com um reforço de policiais de Ji-Paraná e Porto Velho em Monte Negro, Rio Crespo, Cujubim e Buritis para evitar esse tipo de ação na região e com um trabalho forte de inteligência das Polícias Civil e Militar para combater esses criminosos.
Apoio
Coronel Ênedy observou ainda que está sendo realizado um grande trabalho de policiamento preventivo, com as patrulhas rurais, para desestabilizar esses bandidos e realizar as prisões. “Também estamos com o apoio do NOA – Núcleo de Operações Aéreas da Secretaria de Segurança, Defesa e Cidadania para identificar os seus esconderijos e fazer as prisões”, disse Ênedy Dias.
Como agem
Para o comandante-geral da PM/RO, o papel realizado por esses supostos sem-terra que têm aterrorizado os moradores da região rural do Vale do Jamari. “Esses ditos sem-terra têm invadido as fazendas e provocado terror e destruição, sem contar as mortes e o roubo de diversos objetos”. Isso não é comportamento de pessoas de bem, e sim, criminosos, que têm achado que o melhor caminho é promover o terror, mas já estamos atuando para evitar esse tipo de situação, onde o lugar de bandido é o presídio.
Comunidade
O Governo está atento e será o braço forte para fazer valer a lei, acima de tudo. Para isso, também necessitamos da ajuda da população. Se você sabe de algum crime envolvendo essas pessoas, que procurem as Polícias ou algum policial que você conhece, e faça a denúncia. Não tenha medo, pois estamos atentos para evitar esses crimes.
Fale com o comandante geral
A participação popular é importante, disse o coronel e pediu a comunidade, através da imprensa que busque o portal da Polícia Militar, nowww.pm.ro.gov.br e faça a denúncia ou ligue 190, “não precisa se identificar, onde tomaremos as nossas providências”, encerrou ele.
Na segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016, pessoas acusadas pertencerem ao grupo, fortemente armadas e causando terror aos moradores da região, atacaram a fazenda Fluminense, em Monte Negro, Rondônia. No rastro da destruição eles cortaram todas as árvores do pomar da propriedade e picharam as paredes com ameaças aos donos da fazenda, cercas e currais também foram cortados com motosserra.
Na terça-feira, 9, em uma ação conjunta, a Polícia Militar e Civil foi ao local e encontrou no local cápsulas calibre .12 e 9 milímetros deflagradas. Um trabalho, também em conjunto está sendo realizado para identificar tanto os criminosos quanto ao armamento que eles estão utilizando.
Hoje
Na manhã de quarta-feira, 10 de fevereiro o comandante geral da Polícia Militar coronel PM Ênedy Araújo, juntamente com o delegado regional da Polícia Civil em Ariquemes Thiago Flores esteve reunido com o superintendente do Incra Luis Flavio Carvalho Ribeiro e o chefe do Escritório local José Carlyle para discutir as estratégias com o governo federal e, juntamente com as autoridades do Estado de Rondônia combater os conflitos e diminuir a tensão no Vale do Jamari.
Fotos 7º BPM
Jornalista Lenilson Guedes
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