Roberto Gutierrez – Muito mais que o juiz Sérgio Moro, que faz do Direito um instrumento para punir culpados sem medir qualquer consequência, quem mais precisa do ex-presidente Lula é a Suprema Corte do País, depois de tudo que foi dito e insinuado em gravações que Sérgio Moro as tornou públicas.
Esperar o caso Lula percorrer todos os graus da Justiça até chegar ao STF, 90% dos atuais ministros já estarão aposentados ou alguns mortos. De certa forma, fazer o processo correr agora no STF seria uma chance da corte provar ao povo brasileiro que é impessoal, imparcial e as insinuações nas gravações não procedem. Necessariamente, a honra da casa passa por uma condenação de Lula seja ela o tamanho que for. Outro ponto a ser considerado, é que Mouro tem demostrado um comportamento de que os fins justificam os meios. Trazer Lula para o STF evitaria uma prisão de um líder cujos seguidores não teriam dificuldade de ir às ruas e partir para um confronto radical. Isso é tudo que o Brasil não precisa no momento de economia frágil e a classe política desacreditada.
A retomada psicológica do País para um caminho de esperança imediata, infelizmente passa pelo afastamento de uma presidente da República, que tem dificuldades para se comunicar. Não fosse isso, a situação não teria chegado a tanto. A falta de carisma da presidente Dilma que os marqueteiros compensaram com a imagem de determinada, competente e firme, se esvaziou com a realidade circunstancial da economia que criou num paradoxo: apesar da recessão, a inflação continua subindo.
Muito embora a retomada psicológica do País passaria por um afastamento, com Dilma ou sem Dilma, as reformas Fiscal, Previdenciária e até Política dificilmente vão acontecer em curto prazo. Trata de um conjunto de necessidades primordiais para o Brasil sair do jeitinho administrativo imediatista e passar a agir com vistas reais ao futuro. O que nos falta hoje é um líder em quem acreditar.
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