Pelo menos 100 presos da Casa de detenção de Ouro Preto do Oeste, em Rondônia, estão em greve de fome. Eles reivindicam melhorias no presídio e na alimentação. A greve começou nesta segunda-feira recusando-se a receber o café da manhã.
Na tarde de hoje (28/03) o juiz da Vara de Execuções Penais Haruo Mizusaki esteve no presídio. Ele conversou com representantes dos quatro pavilhões e o assunto não foi revelado à imprensa.
A comida que os presos não quiseram seria distribuída a famílias carentes, conforme informou uma fonte do presídio. O problema seria a logística dessa distribuição, uma vez que o alimento não pode ficar muito tempo embalado porque azeda.
A direção do presídio nega que a comida seja ruim.
A casa de detenção de Ouro Preto tem capacidade para 90 presos, já chegou a ter 140 pessoas e na atualidade mantém média de 120 presos. Além dos regimes fechados para homem e mulheres, tem ainda os que cumprem pena em regime semiaberto. Para dar conta da segurança desses presos, cada plantão tem em média quatro agentes penitenciários. A localização da Casa de Detenção de Ouro Preto é privilegiada do ponto de vista comercial: fica numa região populosa e central da cidade. A casa é considerada um barril de pólvora e, pelo fato de fazer vizinhança com um terreno o baldio, apesar de ser ao lado da Polícia Militar e da Polícia Civil, é o principal corredor para a entrada de celulares e drogas. Neste ano já fugiram seis presos. Três deles de alta periculosidade.
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