Termina rebelião em Ouro Preto do Oeste

rebeliao ouro preto
Em menos de seis horas as forças policiais conseguiram retomar o controle do presídio.

Roberto Gutierrez – Rebelião no presídio de Ouro Preto do Oeste/RO é contida a tempo e oito detentos são transferidos para outros presídios. Um dos líderes da rebelião ficou ferido com arma não-letal, foi medicado e está fora de perigo.

Mais de 200 detentos da penitenciária de Ouro Preto do Oeste, região central de Rondônia, participaram de motim que teve início por volta das 9h30 de hoje (18/01). Apenas quatro agentes estavam de plantão. O Grupamento de Operações Especiais da Cidade de Ji-Paraná (GOE) foi acionado para conter a rebelião.

Não havia reivindicação específica por parte dos líderes, o que leva a polícia acreditar que o movimento foi ordenado por alguma facção criminosa com interesse de instalar o caos, a exemplo do que está acontecendo em presídios do Amazonas, Roraima e Rio Grande do Norte.

Antes das 14 horas a situação já estava dominada pela polícia Militar. Um dos líderes acabou ferido com bala de borracha. Ele não corre risco de morte. Junto com esse líder, oito presos foram transferidos, da mesma forma que algumas mulheres da ala feminina do presídio.

Uma operação pente-fino foi feita pelos agentes penitenciários o que resultou na apreensão de dezenas de armas artesanais, drogas e aparelhos celulares. O presídio de Ouro Preto do Oeste tem capacidade para 90 presos, mas, a lotação nunca fica abaixo de 200 detentos.

Para cuidar dessa lotação, apenas quatro agentes são escalados por plantão. Uma situação que revolta a categoria, pois teme pela própria segurança e reclama do Governo do Estado por não oferecer condições dignas de trabalho, por fechar os olhos para a realidade precária dos presídios do interior de Rondônia, e por fazer políticas de ação e planos de contingência apenas para os presídios da Capital.

O presídio de Ouro Preto do Oeste é uma cadeia adaptada que ao longo dos anos foi ampliada ao estilo ‘puxadinho’. Fica encravado num setor residencial da cidade, os muros são baixos, o que facilita arremesso de droga, armas e celulares para dentro das celas. A possibilidade de fuga em massa não é descartada.

 

 

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será publicado.


*