O vereador Edivaldo Gomes (PSB) encaminhou pedido formal à Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) para que os corpos de pessoas indigentes tenham tratamento digno durante o tempo em que aguardam por sepultamento no Cemitério da Saudade na cidade de Ji-Paraná.
A solicitação foi motivada por denúncias de que, por falta de instalações apropriadas, os corpos são deixados “a céu aberto no cemitério da cidade”. As pessoas registradas como indigentes são aqueles que ficaram sem reconhecimento, seja por documento ou por algum familiar.
“Ao verificar a situação, fui informado por representantes de funerárias que devido à falta de um IML [Instituto Médico Legal] os corpos são deixados lá no cemitério por um período legal à espera de algum familiar, só após esse tempo são enterrados”, assegurou Edivaldo Gomes.
Ainda não há lei municipal específica que preveja o tempo para que os corpos possam ficar à espera do sepultamento. E em função de o município não possuir câmara frigorífica, o problema se agrava.
O vereador entende que é possível que as funerárias de plantão possam preparar os corpos para que eles não se decomponham durante o período de espera, embora ainda seja uma solução paliativa. Ele alegou que, recentemente, a Câmara Municipal de Ji-Paraná aprovou concessão para as empresas funerárias. Segundo ele, o benefício implica também em contrapartida.
Por causa da falta do IML, Edivaldo Gomes sugeriu que a Prefeitura de Ji-Paraná construísse uma sala no cemitério ou construção semelhante, onde os corpos dos indigentes possam ser deixados até o sepultamento. “De início, isso evitaria a situação de horror que é vista por todos”, admitiu o vereador.
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