Procurador e advogado presos pela PF teriam tentado interferir em investigações

Willer Tomaz (à esquerda) e Ângelo Villela foram fotografados clandestinamente por Joesley Batista, na casa do advogado, numa das reuniões secretas - Joesley Batista

ABr – A Polícia Federal (PF) prendeu preventivamente, nesta quinta-feira (18), o procurador da República Ângelo Goulart Villela e do advogado Willer Tomaz. Os dois são acusados de envolvimento na Operação Greenfield.
Eles teriam tentado interferir nas investigações, que envolvem o Grupo J&F, e de atrapalhar o processo de negociação de acordo de colaboração premiada de Joesley Batista, um dos donos da JBS, que relatou tentativa de compra do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB).
Em nota, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, explicou que as prisões tiveram como base uma robusta documentação e foi pedida, por ele, com o objetivo de interromper as atividades ilícitas dos dois.
O mandado foi expedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e executado por dois procuradores regionais da República, com o auxílio da Polícia Federal.

Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos na Procuradoria-Geral Eleitoral, que funciona no quinto andar do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Os policiais levaram computadores e outras mídias. O vice-procurador-geral eleitoral, Nicolau Dino, acompanhou o caso.
Também foram feitas buscas e apreensões nos endereços residenciais e funcionais e pedido o afastamento do procurador de suas funções no Ministério Público Federal (MPF).
O procurador-geral, ainda, determinou a exoneração de Ângelo Goulart Villela da função de assessor da Procuradoria-Geral Eleitoral junto ao TSE, e revogou sua designação para atuar na força-tarefa do caso Greenfield.
Segundo o procurador-geral, a responsabilidade criminal do procurador e dos demais suspeitos será demonstrada no curso do processo, perante os juízos competentes.

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