Venom chega ao cinema como a nova aposta da Sony para aproveitar a onda de sucesso do Universo Cinematográfico Marvel, da Disney. Com a missão de transformar um dos mais icônicos vilões do Homem–Aranha em um anti-herói. Apesar disso já ter acontecido nos quadrinhos, o grande público ainda o identifica demais com o cabeça de teia, e esse era o principal desafio do filme: desassociar os dois. Venom, entretanto, conseguiu.
Ao trazer o personagens para as telonas, os roteiristas Scott Rosenberg e Jeff Pinkner trabalharam de forma quase milagrosa. O arco de Eddie Brock se assemelha bastante com o que já se viu nos quadrinhos, mas Peter Parker não é seu motivador. Dessa forma, o espectador que também é fã mais ortodoxo das histórias do Homem-Aranha e de seu universo pode se incomodar já com o começo da trama. Ainda assim, esta está bem amarrada e e, apesar de não ser tão fiel, bastante respeitosa. Mesmo a maneira como o longa se justifica para fazer de Venom um anti-herói é eficiente.
O filme pode ser dividido em duas partes para os olhos mais atentos, tendo sua demarcação no momento em que Eddie se encontra com o simbionte. Até então, o filme parece apressado, aparentando ter vergonha de suas origens e de ser um longa de origem. Nesse início, a atuação de Tom Hardy começa a dar sinais de que este não vai conseguir carregar o filme nas costas. Mesmo os momentos cômicos, ainda que sejam pontuais e bem colocados, não funcionam, também por culpa da atuação de Hardy. Em seu outro momento, tudo isso parece sumir, dando toda uma nova identidade ao filme.
Venom (EUA, 2018)
- 14 anos
- Ação
- 110
O jornalista Eddie Brock (Tom Hardy) entra em contato com um simbionte alienígena e se torna Venom, um dos principais inimigos do Homem-Aranha.
direção: Ruben Fleischer
com: Tom Hardy; Michelle Williams; Riz Ahmed
Faça um comentário