O senador Acir Gurgacz elogiou da tribuna do Senado Federal a decisão do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, de ir até Espigão do Oeste para resolver o impasse envolvendo empresas do setor madeireiro e fiscais do Ibama.
O ministro se reuniu com o governador do Estado, Marcos Rocha, em Porto Velho, e depois se deslocou até Espigão do Oeste, para conversar com os representantes do setor madeireiro, com as autoridades locais e também com os fiscais do Ibama e da PF.
“Essa é uma atitude proativa do governo que temos que elogiar, assim como o compromisso que o ministro assumiu com a gente de resolver o impasse e permitir que as empresas que estejam trabalhando dentro da legalidade mantenham suas atividades”, frisou Acir.
No último dia 4 de julho, um caminhão de combustível que abasteceria viaturas e helicópteros do Ibama e da Polícia Federal, que faziam fiscalização no município, foi incendiado de forma criminosa.
Depois do acidente, o Ibama embargou 47 madeireiras e empresas do setor de Espigão do Oeste, impedindo que elas acessassem o Sistema de Emissão de Documento de Origem Florestal (SISDOF).
Segundo o Ibama, a fiscalização do órgão identificou transações virtuais entre Planos de Manejo Florestal fraudulentos e diversas serrarias de Espigão do Oeste, além do comércio ilegal de madeira extraída sem plano de manejo nas Terras Indígenas Sete de Setembro, Zoro e Roosevelt.
O ministro do Meio Ambiente instaurou inquérito administrativo e pediu investigação da Polícia Federal sobre a atuação dos fiscais do Ibama e o incêndio criminoso.
O ministro disse ainda que “o meio ambiente tem que se alinhar ao desenvolvimento econômico e o que acontece no Brasil atualmente é resultado de anos de políticas públicas para produção de leis que nem sempre guardam relação com o mundo real”. – “O que nós vamos fazer agora é aproximar a parte legal do mundo real”, frisou o ministro.
O ministro Ricardo Salles disse que vai analisar cada um dos argumentos apresentados pelo setor madeireiro, que merece ser respeitado. “Nós vamos visitar os locais de produção, vamos ouvir o que as pessoas e nos dedicar a conciliar e resolver esse problema da melhor forma possível”, disse Salles.
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