Biblioteca de Ji-Paraná orienta sobre doações de livros

Mesmo com as novas tecnologias um bom livro sempre foi uma boa fonte de conhecimento para os amantes da leitura. Na biblioteca Municipal Cyro Escobar de Ji-Paraná, estão à disposição da comunidade mais de 30 mil títulos, com o maior acervo de literatura do município.

As obras, que atraem muitos leitores, são atualizadas pela Prefeitura de Ji-Paraná, por meio da Fundação Cultural e também por meio de doações de instituições, como o Tribunal Regional do Trabalho – através de multas revertidas – e da comunidade. O que muita gente não sabe é sobre os critérios para que a Biblioteca receba o que foi doado.

Todos os meses o local recebe da comunidade em média 10 caixas de materiais, mas apenas 1% é aproveitado. Muita gente tem usado a biblioteca como depósito de materiais que não usam mais. Em dezembro as doações aumentam, pois muitas pessoas fazem faxina para iniciar o novo ano.

As obras literárias que chegam passam por triagem e avaliação feita pela equipe qualificada. A preocupação são com os fungos, que podem provocar doenças do coração, viroses, lesões na pele e até a perda da visão.

Segundo a diretora da Biblioteca Municipal, Severina Plácida, para evitar problemas de saúde nos funcionários e visitantes, é adotado procedimento de seleção das doações. O que é incorporado ao acervo, recebe severa higienização. No dia a dia, os funcionários realizam a limpeza das prateleiras e das obras com produtos específicos, principalmente depois que chegam dos empréstimos. Além disso, o acervo de literatura é informatizado, o que facilita a organização nas prateleiras.

“Para que possamos receber a doação, os livros devem estar em bom estado de conservação, sem rasgos, anotações, páginas faltando ou capa solta. Não podem ter manchas, fungos. Não são aceitas fotocópias de livros e materiais encadernados”, explicou Severina.

A biblioteca pode ou não aceitar a doação por conta desses critérios. O que não servir, é descartado ou devolvido para o doador, caso seja do seu interesse. As doações não devem ser envidas por correio, deixadas nos corredores da biblioteca durante o final de semana, sem aviso prévio.

“Por isso, antes de fazer a sua doação, observe se ela se encaixa nas nossas necessidades. É a melhor forma de garantir que os itens sejam bem aproveitados. Já tivemos doações até de caixas com livros muito sujos e cheios de fungos misturados com carteira de vacina, documentos, lixos e outros materiais.

Quem frequenta a biblioteca agradece os cuidados em relação a seleção e higienização dos materiais. É o caso da frentista Greici Nascimento de 32 anos. Ela utiliza o espaço desde que tinha 10 anos de idade.

“As pessoas estão habituadas a ler resumos de livros ou textos na internet. Eu gosto é de pegar e sentir o cheiro do livro. Mesmo com a tecnologia, eu amo estar aqui. Se para muitos biblioteca é museu, para mim é a minha raiz. Leitura é tudo. Fico feliz em ver este lugar bem cuidado”, disse sorridente.

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