O líder do PSL no Senado, Major Olimpio (PSL-SP), declarou em entrevista exclusiva ao Congresso em Foco que o partido não é uma dinastia e que por isso ele defende a saída de Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) da sigla.
A declaração veio em meio à crise instalada no PSL em torno da presença do senador e filho do presidente da República. “Para mim, todos os filiados do PSL são absolutamente iguais e merecem o respeito como filiados. Para mim, eu quero que se dane se é filho do presidente ou não, isso aqui não é dinastia, é um partido político e tem a área de governo”, declarou o Major. [Veja o vídeo no final da matéria]
Os desentendimentos no PSL se acirraram após Flávio Bolsonaro pressionar senadores a retirarem suas assinaturas para a instalação da CPI da Lava Toga. O auge do desgaste se deu com a saída da senadora Juíza Selma da sigla. Ela foi para o Podemos e anunciou nas redes sociais que o motivo foram os desgastes gerados pelo filho de Jair Bolsonaro. “Sai do PSL por causa do desentendimento com o senador Flávio Bolsonaro. Não foi apenas pelo fato de ele querer que eu retirasse a assinatura. Foi pela forma indelicada e desrespeitosa com que ele me tratou”, afirmou a dissidente do PSL.
Para Major Olimpio, quem deveria ter saído do partido era Flávio e não Selma. “No momento em que estivemos em lados opostos, eu e as duas senadoras do partido, em função da CPI da Lava Toga, ele [Flávio Bolsonaro] ficou do outro lado, entendeu? Nós fizemos uma avaliação, quem tem que sair não somos nós, então saia quem está errado”, afirmou o senador ao site.
Olimpio afirma que a crise com Flávio Bolsonaro não refletirá no relacionamento com o Governo. “O relacionamento com o presidente é o mais harmonioso possível”, disse o senador. “Não tive uma ruptura com o presidente, não vou deixar de votar com o Governo. Agora, para mim o Flávio é filiado, como nós temos 470 mil filiados no país. O que eu tiver que dizer para um filiado eu digo e acabou”, afirmou.
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