Rondônia terá de qualificar 56 mil trabalhadores em profissões industriais até 2023

O estado de Rondônia terá de qualificar 56.621 trabalhadores em ocupações industriais nos níveis superior, técnico, qualificação e aperfeiçoamento entre 2019 e 2023. Os dados são do Mapa do Trabalho Industrial, elaborado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e divulgado nesta segunda-feira (30).

Segundo o gerente de educação do SESI, SENAI e IEL em Rondônia, Jair Santiago, os setores que mais vão demandar mão de obra qualificada no estado são os de energia e metalmecânica e, em menor proporção, a agroindústria. Para se ter ideia, o estado conta com 14 milhões de cabeças de gado e exporta carne bovina para 50 países.

Santiago explica que a expansão do setor de proteína animal é um dos motivos para que os jovens rondonienses escolham fazer um curso técnico, já que aumenta as chances de entrar no mercado de trabalho.

“O SENAI está fazendo um investimento muito grande para modernizar laboratórios na área de refrigeração, um setor muito grande aqui, para atender também o setor de alimentos. Outro potencial que tem aqui mas ainda não é muito explorado é o de cerâmica vermelha (tijolos e telhas). A principal demanda, entretanto, é na área de eletrotécnica”, apontou.

Metalmecânica

O setor de metalmecânica precisará, segundo estudo do SENAI, qualificar 763 novos profissionais nos próximos quatro anos no estado. A ocupação de ferramenteiro é uma das mais importantes no processo de produção da Ciclo Cairu, empresa local que fabrica e comercializa peças de bicicletas para os demais estados.

Um dos funcionários da empresa, Leandro Santos já passou por diversos cursos técnicos e profissionais pelo SENAI. Para ele, a entrada no mercado de trabalho depende de um currículo qualificado.

“O curso profissional hoje é muito importante para trabalhar na indústria ou em qualquer outra área que você for ingressar. Hoje, as empresas cobram muito conhecimento. A questão não é só você ter força de vontade para trabalhar, ser esforçado. Apesar de isso contar muito, é necessário também estar apto tecnicamente”, contou.

Como forma de mudar a realidade de milhões de brasileiros que estão desempregados, a saída, na avaliação do deputado federal Léo Moraes (PODE-RO), é ampliar a oferta de vagas de formação técnica e profissional, destinadas principalmente aos mais jovens.

“Cada vez mais o mercado se afunila e exige preparo dos ingressantes. Por conta disso, os cursos técnicos preparatórios, assim como institutos federais, são muito importantes para que a gente encontre alternativas de capacitar nossos adolescentes e jovens. Muito se fala em desemprego, mas não se fala na mesma intensidade em capacitação”, ressaltou o parlamentar.

Qualificação profissional

O Mapa do Trabalho Industrial mostra que entre as ocupações que exigem cursos de qualificação e que mais vão demandar profissionais capacitados, estão as de mecânicos de manutenção de veículos automotores (1.575) e instaladores e reparadores de linhas e cabos elétricos, telefônicos e de comunicação de dados (825).

Agência Rádio

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