O general Augusto Heleno, ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) do governo, classificou de “disparate de quinta categoria” o pedido para apreender o celular do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Em entrevista à Rádio Bandeirantes hoje de manhã, Heleno comentou que averiguar o celular do presidente poderia gerar “uma bola de neve”. “Pedir para apreender o celular do presidente, a autoridade máxima do país, o que é isso? Isso seria uma bola de neve. Queria ver se decidem pegar o celular do presidente da Câmara, do Senado, isso sairia na quinta página do jornal.
É uma coisa que não faz sentido num país que está em uma situação absolutamente normal, uma democracia….Imagine se os partidos políticos começam a pedir apreensão de celular… São uns disparates republicanos, aliás, nem republicano, é um disparate de quinta categoria”, afirmou.
O procurador-geral da República, Augusto Aras, manifestou-se, a pedido do ministro Celso de Mello, do STF, pela rejeição de um pedido de partidos de oposição para que seja apreendido o telefone celular de Bolsonaro. O procurador-geral disse não ser legítimo que terceiros solicitem diligências em investigações penais, uma vez que cabe somente ao Ministério Público conduzir a investigação. Em notícia-crime, PDT, PSB e PV requisitaram a apreensão do celular de Bolsonaro como meio de investigação após o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro ter acusado o presidente de interferência na Polícia Federal.
Heleno voltou a criticar “parte da imprensa que tem obsessão em querer derrubar o presidente” e afirmou que vê na oposição um certo “desespero” por não estar mais no poder. “O que eu sinto no quadro político é que o desespero da esquerda radical vai aumentando, pois eles sabem que vai ser difícil voltar ao poder. A esquerda radical esperava que o presidente iria para o fundo do poço. (…) O que não pode é a cada manifestação estapafúrdia como a apreensão do celular do presidente isso virar notícia de primeira página de jornal”. Sobre os três pedidos apresentados por partidos pedindo o seu impeachment, ele afirmou que “vai entrar para a história como o primeiro ministro impichado”.
Os pedidos são do PDT e das deputadas federais Margarida Salomão (PT-MG) e Natália Bonavides (PT-RN) e referem-se à nota, divulgada na semana passada, em que Heleno classificou de “inconcebível” o pedido de apreensão do celular do presidente Bolsonaro. “Isso não parte de pessoas que estão centradas, equilibras, que estão trabalhando para o país melhorar, mas que querem voltar ao poder. Eu tenho dormido mal por outros motivos, por dor nas costas, não por isso.”
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