Por Dagmara Spautz – O empresário Luciano Hang propôs nas redes sociais que empresários e advogados se unam para ajudar financeiramente o escritor Olavo de Carvalho, o “guru” do bolsonarismo. O curioso é que a proposta veio após Olavo criticar o presidente Jair Bolsonaro e o próprio Hang em um vídeo, no fim de semana.
Entre palavrões, Olavo, que mora nos EUA há 15 anos, se disse perseguido. Afirmou que Bolsonaro “não está agindo contra os bandidos” e ameaçou desestruturar o governo.
– As pessoas não conseguem derrubar o seu governo, eu derrubo.
Sobre Hang, o guru deu a entender que o empresário havia prometido ajudá-lo. E o criticou por vestir-se de “Zé Carioca” e comprar “aviãozinho”. O catarinense está na lista dos mais ricos do Brasil, com uma fortuna de US$ 3,6 bilhões. No ano passado, o empresário comprou um jato executivo Bombardier Global 6000, um dos maiores aviões particulares do mundo. A aeronave custou o equivalente a R$ 250 milhões.
– É por causa de empresários como você que o Brasil está nessa m*. Gente que não tem cultura e não gosta de quem tem – atacou Olavo.
Hang respondeu o guru com uma live – um vídeo ao vivo, nas redes sociais – em que fez campanha pra obter ajuda financeira para Olavo. Disse que conheceu o escritor pessoalmente no ano passado, e ficou impressionado. Afirmou que “jamais” ficaria chateado com as críticas.
– Olavo de Carvalho chutou o pau da barraca, e ele tem razão. Está na trincheira atirando, ajudando o nosso país, e o que nós estamos fazendo pelo Olavo de Carvalho? – questionou.
Hang afirmou, ainda, que tanto ele quanto o presidente Jair Bolsonaro precisam “fazer um exame de consciência” após a fala do guru.
– Olavo fez um desabafo. Cabe a nós, a mim, ao presidente, a todas as pessoas que ele falou nesse vídeo, para que a gente possa fazer um exame de consciência e ver se nós não podemos colaborar mais com ele e automaticamente com o Brasil.
Além da live, Hang também pediu apoio a Olavo de Carvalho em um grupo fechado de Whatsapp, do qual participam cerca de 250 empresários. Ele disse que não pediu dinheiro, mas que as pessoas colaborem comprando livros e cursos do pensador bolsonarista.
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