Sem estradas, não tem retorno econômico”, diz Acir Gurgacz

Sem estradas, não tem retorno econômico”, diz Acir Gurgacz

“Me lembro de quando colocamos recursos para recuperação e fizemos diligencias para conferir a qualidade. Agora nenhum serviço existe”.

Diário da Amazônia – Nesta semana que passou, o senador Acir Gurgacz (PDT-RO), fez pedidos ao Ministério de Infraestrutura pela recuperação imediata das rodovias federais em Rondônia. Por falta de manutenção e conservação, as vias estão deterioradas causando prejuízos aos condutores de veículos, aumentando os riscos de acidentes e prejudicando o desenvolvimento econômico. Em live transmitida pelas redes sociais na quarta-feira (28), e na audiência pública da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária na quinta-feira (29), o senador deixou claro que a prioridade nesse momento é com combate à pandemia com a vacinação em massa e demais ações de saúde, mas não impede que outras demandas sejam executadas também como prioridade.

Acir Gurgacz citou a educação que precisa de urgente reforma e apoio para se readequar após a pandemia. Disse que é preciso melhorar a qualidade da educação no País para acompanhar a nova demanda de ensino. Também deu ênfase ao setor produtivo rural como alternativa para a rápida recuperação econômica.

Diário da Amazônia –O senhor percorreu trechos das rodovias federais em Rondônia. Qual foi a impressão do que viu?

Senador Acir Gurgacz – Hoje o saldo positivo da economia brasileira é o agronegócio. Rondônia está exportando muita carne e desponta também com a exportação de grãos. Mas nada adianta os investimentos se não tiver infraestrutura. As rodovias estão precárias. Na BR-429 que é uma rodovia nova já tem até atoleiro. Isso é inconcebível. Semana passada andei pela BR-364 para sentir de perto o drama de quem transita diariamente. Fiquei abismado! Me lembro de quando colocamos recursos para recuperação e fizemos diligencias para conferir a qualidade. Agora nenhum serviço existe.

Diário – A rodovia BR-364 é importante no escoamento da produção. O que pode ser feito?

Senador Acir – Faço aqui um apelo ao ministro de Infraestrutura. Ministro, estamos muito preocupados com a BR-364 porque em vários pontos está perto de ter atoleiro e isso gera prejuízos muitos grandes. O número de veículos que circulam na rodovia é muito grande, principalmente os caminhões que transportam a produção para exportação. Isso é muito bom para o nosso País e para os estados de Rondônia e Mato Grosso, mas sem estradas não condições de ter o retorno esperado.

Diário – A ponte sobre o rio Madeira, em Abunã, teve a inauguração adiada. Qual a vossa avaliação desse projeto?

Senador Acir –Coloco aqui a importância da ponte do Abunã. Essa é uma obra com muita gente envolvida e que demorou muito para ficar pronta. Em 2010 iniciamos as discussões para mostrar a importância da construção dessa ponte. Na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária, do Senado, fizemos audiência pública e o então ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, assumiu o compromisso de fazer o projeto. Em 2012 colocamos esse projeto no Orçamento da União e o início da obra se deu em 2014 com a conclusão prevista para 2017, o que não ocorreu. Em 2018, cerca de 85% da obra estava concluída, e depois disso demorou muito para terminar. É uma obra importante para Rondônia e muito esperada pelo Acre. Esta ponte está pronta a 30 dias e ainda não foi liberada porque está esperando ocasião para inaugurar. Estamos atravessando uma pandemia e não faz sentido fazer festa. A maior festa que teríamos era a liberação da ponte para o transporte se livrar da balsa. Não faz sentido uma travessia de balsa demorar uma hora sendo que tem uma ponte pronta. Faço um apelo ao ministro de Infraestrutura que libere a ponte porque não temos como fazer uma grande festa para inauguração, mas precisamos liberar porque a passagem sobre ela é a maior festa. O momento não é de festa por causa da pandemia; a grande festa é o início da travessia sobre a ponte que já está pronta. Levou-se tantos anos para concluir. Um trabalho de muitos governos (Dilma, Temer e Bolsonaro), muita gente envolvida, mas não podemos utilizar porque tem que aguardar o momento de inaugurar. O ministro sabe a importância dessa ponte. Essa é a nossa saída para o pacifico. Reforço aqui o apelo: Ministro, libere a ponte e depois faz a inauguração.

Diário – Outro problema que o senhor tem defendido é a regularização fundiária. Como está essa demanda?

Senador Acir –Realizamos uma audiência pública no dia 29 (última quinta-feira), e reforçamos o pedido de agilização da regularização fundiária que é de grande relevância. Temos um projeto que o PL 510/2021 que foi retirado de pauta para que pudéssemos debater em audiência pública. Nós queremos andar rápido com esse tema e incluímos para debater. É um tema muito caro. Temos famílias que estão na terra a mais de 30 anos e ainda não tem a escritura. Farei de tudo para que nossa população rural tenha o documento definitivo da terra.

Diário – Como agilizar?

Senador Acir – Semana passada aprovamos um PL (Projeto de Lei) para diminuir a burocracia para regularização fundiária. E agora queremos a escritura pública porquê é uma questão de cidadania. Queremos também tratar da recuperação das áreas degradadas porque temos que aumentar a produção de alimentos no Brasil para ajudar a erradicar a fome e escassez de alimentos no mundo. Mas queremos fazer isso sem derrubar. Se recuperar as áreas degradadas teremos em Rondônia mais 30% de áreas produtivas. Essas áreas hoje estão degradadas e precisam de recuperação. É preciso um projeto amplo nesse sentido para tornar essas áreas novamente produtivas.

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