A prisão do ex-vereador leva à Polícia Civil de Rondônia descobrir que o corpo de Edilene estava enterrado na chácara próximo à casa que ela bancou a construção na qual sonhava morar com a paixão da vida dela: o assassino confesso.
Matéria atualizada às 22 horas
O corpo de Edilene Vieira da Silva, de 29 anos de idade, foi encontrado hoje em uma cova com dois metros e meio de profundidade na chácara do ex-vereador de Ji-Paraná Obadias Ferreira da Silva. Ele não apenas confessou o crime como indicou onde havia enterrado a vítima. Edilene estava desaparecida havia 75 dias. Ela foi vista pela última vez no último dia 13 de abril com Obadias. Os dois saíram juntos e desde então ela nunca mais foi vista. Edilene estava ansiosa: acreditava que naquele dia faria a mudança das coisas dela para uma nova vida com Obadias.
Iludida
Edilene e Obadias tinham um caso amoroso. Ela estava apaixonada pelo ex-vereador que é casado, mas, a jovem alimentava as esperanças de que ele assumiria de vez o relacionamento com ela. Todas as economias de Edilene foram usadas pelo ex-vereador para construir a casa da chácara. As investigações levaram à polícia descobrir que Edilene vendera a casa que tinha em Ji-Paraná e investira na construção de uma casa da chácara. Edilene estaria sonhando com uma vida a dois com Obadias.
Surpreendido
Foi nessa casa construída com dinheiro de Edilene que Obadias foi preso na manhã de hoje na linha Itapirema, zona Rural de Ji-Paraná. Ele estava morando com a mulher e os filhos – o casamento que Edilene teria acreditado um dia que Obadias abandonaria para ficar com ela de vez.
O corpo de Edilene estava enterrado a poucos metros da casa que ela ajudara a construir.
Operação Mendax
Assim que o dia raiou a Delegacia Especializada na Repressão a crimes de extorsões, roubos e furtos (DEIF), com 25 policias civis, os delegados Júlio César de Souza Ferreira e Thiago Flores, além do Corpo de Bombeiros, bateram na chácara do ex-vereador. Era a operação Mendax, que no latim significa mentiroso.
Obadias Ferreira da Silva recebeu voz de prisão e foi levado para interrogatório. Enquanto isso uma escavadeira abria buracos por várias partes da propriedade rural na tentativa de encontrar os restos mortais de Edilene. As investigações levaram ao suspeito do crime, mas, faltava encontrar o corpo da vítima que havia desaparecido há 75 dias e teria sido vista pela última vez com o ex-vereador Obadias. As investigações seguiram sob rigoroso sigilo.
Depois de pelo menos 12 horas de buscas, a ossada de Edilene foi encontra em uma cova com dois metros e meio de profundidade bem próximo à casa. Durante interrogatório Obadias acabou confessando que matou Edilene e acabou dizendo onde havia enterrado o corpo. Apesar do corpo em avançado estado de decomposição, a identificação não foi complicada: a roupa, os documentos e até o capacete estavam enterrados com a vítima.
A polícia quer saber agora o motivo do crime e poderá trazer mais novidades ao caso.
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