Os motivos que a levaram ser candidata, o peso da responsabilidade por ser irmã de um senador, ex-prefeito, ex-deputado e ex-governador e sua trajetória como coadjuvante na vida pública ao lado do irmão, fazem parte desta entrevista.
Goiana, 55 anos, Cláudia Moura, candidata ao Senado Federal pelo MDB, é aquela personagem política que já fez muito por Rondônia e quer fazer mais. Seu nome foi lançado e aprovado na convenção partidária no fim de julho.
Ela é a irmã do senador Confúcio Moura, uma gestora experiente, uma mulher que realizou, quando secretária estadual do desenvolvimento social. Muito antes da SEAS, Cláudia já havia atuado fortemente nessa área, na Prefeitura Municipal de Ariquemes.
Dois senadores de uma mesma região? – já lhe questionam. Ela não se intimida: “Com a minha eleição, seremos dois senadores, portanto, dois espaços que se somarão em benefício da população de Rondônia, com a mesma lógica: o de promover políticas públicas sólidas que venham ao encontro das necessidades das pessoas, em todo o estado.”
Cláudia acredita que enfrentará um desafio semelhante ao de uma corrida de revezamento, na qual, para alcançar o alvo o atleta passa o bastão a o outro e segue correndo com velocidade e energia.
“Estou recebendo esse bastão de um “atleta” de alta performance, e eu vou colocar toda energia possível, minha juventude, minha experiência e aprendizado nessa corrida, para Rondônia avançar rumo a um novo patamar nesse pódio do desenvolvimento”, afirmou.
Cláudia Moura obteve êxito socioeconômico desde o programa que contemplou gestantes carentes no estado – que o atual governo deu continuidade mudando apenas o nome – até a construção de mais de 20 mil unidades habitacionais no estado todo. Até então, nenhum governo havia alcançado esse feito.
“Eu me sinto honrada e muito feliz por ter desenvolvido diversos projetos econômicos e sociais que fizeram positivamente a diferença nas vidas das pessoas, principalmente quando fui secretária municipal em Ariquemes e secretária estadual.”
Conheça Cláudia Moura:
Quando a senhora chegou a Rondônia?
Cláudia – Eu aqui cheguei em 1989 e me vejo cumpridora e reconhecida pelas pessoas pelo desempenho de uma jornada de trabalho com muita dedicação. Da mesma maneira que outros migrantes vindos de outros estados, eu aqui construí a minha vida. Me considero rondoniense de coração, estou sempre torcendo para que o nosso estado continue em pleno desenvolvimento, tanto econômico quanto social e ambiental.
Ao longo da história de Rondônia, muitas pessoas se encantam com as riquezas naturais e as oportunidades de trabalho. O que mais lhe cativou?
Cláudia – Sem dúvida, notei a possibilidade de atuar pelo desenvolvimento social, e fiz isso em Ariquemes e no governo. É a minha verdadeira paixão e uma necessidade que sempre visualizei, de alta importância para acompanhar um estado em plena expansão. Muito me orgulho dos frutos colhidos em diversos projetos sociais dos quais tive a oportunidade de assumir, seja na gestão da Secretaria Municipal da Promoção Social em Ariquemes, ou mais tarde, na Secretaria Estadual do Desenvolvimento Social.
Já disputou algum cargo eletivo?
Cláudia – Em 2018 eu concorri a uma vaga à Câmara dos Deputados.
Todos sabemos que as eleições de outubro serão muito bem disputadas. A senhora encara a candidatura ao Senado com naturalidade, ou se sente desafiada?
Cláudia – Quando eu anunciei a minha disposição de concorrer ao Senado, sabia que ia encarar um enorme desafio em minha vida política.
A senhora é jornalista. Então, a sua percepção e análise do que querem os rondonienses se dá com base em fatos e conversas francas, é isso?
Cláudia – Sim, sou casada, tenho dois lindos filhos. Sou graduada pela Universidade Federal de Goiás, especialista em Marketing Social pela Universidade de Brasília (UnB), e ainda, empreendedora na área de comunicação e escrita. Se eu for vitoriosa, o meu mandato será exercido da base para cima, por isso reforço o apelo: me apontem o que é melhor e produtivo para o nosso estado, e lá vou ancorar minhas ideias, sempre agregando o apelo popular.
O senador Confúcio Moura já exerceu o cargo de governador por dois mandatos, foi prefeito e deputado federal. Isso influencia alguma coisa em sua candidatura?
Cláudia – É um trunfo e um desafio ao mesmo tempo. Um trunfo por duas razões: a primeira é que eu o acompanhei em boa parte dessa caminhada [dos 35 anos de vida pública dele, 30 estive ao seu lado]), portanto, posso dizer que conheço bem do ambiente político e de gestão pública. O segundo é que ele sempre foi muito competente no que fez, por onde passou. Correto, integro, inovador, trabalhador. Tive o melhor mestre que alguém poderia ter.
E o desafio?
Cláudia – É pela razão dele ser um político de primeira grandeza. O senador Confúcio Moura construiu bases sólidas, para seguirmos. Rondônia ainda tem muito a ser feito. É como se estivéssemos em uma corrida de revezamento, na qual, para alcançar o alvo, um atleta passa o bastão para o outro prosseguir correndo, com velocidade e energia. E estou recebendo esse bastão de um “atleta” de alta performance, e eu vou colocar toda energia possível, minha juventude, minha experiência e aprendizado nessa corrida, para Rondônia avançar rumo a um novo patamar nesse pódio do desenvolvimento.
De que forma uma pessoa da mesma família e da mesma base política e região poderia acrescentar positivamente para Rondônia e os rondonienses num cargo tão restrito quanto o de senador da República?
Cláudia – O cargo de senador e senadora não é nada restrito, muito pelo contrário. Esse cargo permite estar nos mais altos degraus das grandes decisões do País e Rondônia precisa muito de verbas federais. Por exemplo, Confúcio já destinou R$ 200 milhões em emendas para quase todos os municípios do estado, e o melhor: feito com planejamento. Com a minha eleição, seremos dois senadores, portanto, dois espaços que se somarão em benefício da população de Rondônia, com a mesma lógica: o de promover políticas públicas sólidas que venham ao encontro das necessidades das pessoas, em todo o Estado. Será uma soma de esforços, potencializando resultados. E com um particular: por ser mulher, com a sensibilidade e força que só nós mães conhecemos, vou trabalhar com essa garra, da mãe que não mede esforços para cuidar dos seus filhos. Vou ser uma leoa na defesa dos interesses do povo de Rondônia lá no Senado.
Quais são as suas propostas?
Cláudia – Rondônia pode ser mais do que tem sido. O estado é um dos que mais cresceu no País, tem um potencial tremendo. Todo o desenvolvimento econômico atual indica isso. Aqui tem gente que trabalha e que consegue fazer acontecer. É um exemplo para o Brasil nesse quesito. Agora, tá na hora de Rondônia ser também exemplo de como esse desenvolvimento pode alcançar e incluir mais pessoas, e como podemos reduzir os nossos índices alarmantes de pobreza. Temos muitos e graves problemas urgentes, alguns deles intensificados nestes últimos anos. Eu darei prioridade a soluções para aqueles que mais afetam as pessoas. E os problemas sociais são alguns desses gargalos que Rondônia tem condições de superar para se tornar ainda mais potente. Eu vou trabalhar com esse propósito.
Ou seja, de identificar outra vez e minimizar situações que a senhora já constatava quando secretária de desenvolvimento social…
Darei continuidade a todas as coisas boas e positivas que foram feitas nos dois mandatos de governador de Confúcio Moura. Ele construiu um legado que deve e precisa ser continuado, ampliado, tanto na educação. A experiência do projeto Asas do Saber é maravilhosa, e, sobretudo na inovação tecnológica e na geração de oportunidades no campo econômico. E o mandato de senadora me permitirá isso, por meio de emendas e da atuação firme em defesa do desenvolvimento de Rondônia.
Então, a senhora garante políticas públicas em dose dupla para Rondônia?
Cláudia – Como já declarei, vou dedicar todos os meus esforços na defesa de políticas públicas que visem um desenvolvimento no seu sentido amplo, que incluam mais pessoas em uma condição de vida digna, com bem-estar e justiça social. Um desenvolvimento que reduza as desigualdades e os níveis de pobreza, que dê dignidade e prosperidade ao cidadão, gere mais oportunidades ao que empreendem, aos produtores rurais como um todo, aos agricultores familiares, às mulheres, aos jovens, comunidades tradicionais, povos indígenas, população das cidades, desde uma economia próspera e justa, onde os recursos naturais sejam também valorizados para o bem de todos.
O MDB optou por selar aliança com a reeleição de Marcos Rocha. Isso poderia lhe atrapalhar na campanha, ou a senhora não terá problemas com relação a subir no mesmo palanque do atual governador?
Eu já estou pensando além dos palanques. Como senadora, vou apoiar todas as iniciativas que ajudem Rondônia. Estarei completamente alinhada aos interesses e necessidades da população do estado. Eleita, o meu patrão será o povo de Rondônia, não o governo, independente de quem venha ocupá-lo. Então, o compromisso que vou selar na campanha é com o povo rondoniense. O meu foco na campanha será demonstrar um projeto consistente para o estado e fortalecer as nossas nominatas de proporcionais, estaduais e federais, a ter o maior número de votos possível. Como represento o cargo majoritário, no partido, cabe a mim puxar votos para nossa legenda. O voto ao Senado é somado à legenda e ajuda a todos.
Otimismo em primeiro lugar…?
Cláudia – Sim, a minha mensagem é de otimismo e força. Mesmo no curto espaço de tempo da campanha, eu vou mostrar cada área em que irei atuar e como contribuirei para que Rondônia supere alguns dos seus grandes desafios.
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