“A Amazônia não é habitada apenas por indígenas, como se costuma pensar nos chamados países de primeiro mundo […]. A Amazônia tem mais de 30 milhões de habitantes”, diz Marcos Rogério.
Agência Senado – O senador Marcos Rogério (PL-RO) criticou, em pronunciamento no Plenário nesta terça-feira (27), discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Cúpula para um Novo Pacto Financeiro Global, em Paris. O parlamentar afirmou que a fala mostra uma visão “reducionista” dos problemas reais da Amazônia brasileira, indicando uma preocupação exclusiva com os povos tradicionais.
— A Amazônia não é habitada apenas por indígenas, como se costuma pensar nos chamados países de primeiro mundo […]. A Amazônia tem mais de 30 milhões de habitantes. A absoluta maioria vivendo nas cidades, enfrentando típicas necessidades ambientais, de grande proporção, como é o caso da crise do saneamento básico. A capital de Rondônia, Porto Velho, que tem mais de meio milhão de habitantes, está entre as piores cidades do Brasil no ranking de saneamento.
Para Marcos Rogério, é preciso que o governo também pense nos ribeirinhos, nos produtores rurais e em todas as populações que vivem no campo e nas cidades, criando um desenvolvimento integrado. O senador ressaltou que é necessário investir na Amazônia como um todo, inclusive na valorização da produção que sai da região.
O parlamentar afirmou que Lula insiste em construir uma imagem “predatória” dos setores produtivos da Amazônia, que são divulgados para o mundo como “inimigos do meio ambiente e da população do planeta”.
— Essa é a visão que ele [Lula] tem do homem do campo, da agricultura, da pecuária, do garimpeiro. E aqui sem fazer distinção de quem comete crime e daqueles que exploram dentro da legalidade, dentro de um processo de sustentabilidade. Há uma nítida associação dos produtores de gado e de grãos ao desmatamento de matas nativas do Brasil. É isso que ele faz. Além disso, sem conhecimento de causa, o presidente declarou que bastando recuperar as terras degradadas, toda a produtividade do agronegócio estaria resolvida. Não é isso que os números indicam.
Fonte: Agência Senado
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