Procurador-geral da República indicado por Lula deve decidir se irá recorrer ao STF contra acordo de Cid

Mandato de Aras termina no fim deste mês.

Com a saída de Aras, próximo procurador irá avaliar decisão sobre colaboração de Cid com a Polícia Federal;

Folha e O Globo – A Procuradoria-Geral da República (PGR) avalia entrar com um recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a decisão do ministro Alexandre de Moraes, que homologou a colaboração de Mauro Cid com a Polícia Federal (PF) para uma delação premiada. A decisão, porém, deve ser feita pelo próximo indicado por Lula à PGR, após a saída de Augusto Aras, prevista para o fim de setembro. A intenção é avaliar antes se elas serão úteis para uma eventual denúncia, agregando algo ao que já se sabe.

Por isso, de acordo com esses integrantes da PGR, é improvável que a apresentação do recurso ocorra ainda sob a gestão de Augusto Aras, cujo mandato termina no próximo dia 26, deixando uma decisão sobre o tema a cargo do procurador-geral da República escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tem em Bolsonaro seu principal adversário político. Os nomes favoritos nesta disputa são os subprocuradores Paulo Gonet e Antônio Carlos Bigonha.
Como mostrou O GLOBO, o presidente indicou a aliados que pretende acelerar a escolha de um nome para a vaga, como forma de evitar que o cargo seja ocupado por muito tempo em um “mandato-tampão”. Caso não haja uma definição até o dia 26, quem assume de forma interina é a subprocuradora-geral da República Elizeta Ramos, eleita na semana passada vice-presidente do Conselho Superior do Ministério Público Federal (CSMPF).
No sábado, após a decisão de Moraes de homologar o acordo entre Cid e a PF, Aras publicou uma mensagem nas redes sociais na qual afirma que a PGR “não aceita delações conduzidas pela Polícia Federal” e criticou colaborações feitas pela Lava-Jato, como as do ex-ministro Antonio Palocci e do ex-governador do Rio de Janeiro Sergio Cabral.

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