Deputada de Rondônia alerta sobre uso de agrotóxico em rios de reserva indígena

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Segundo Cláudia de Jesus, o relato dos índios revela que dois rios estão sendo afetados com a pulverização de agrotóxicos.

Francisco Costa – Trata-se da pulverização de agrotóxicos no entorno da Terra Indígena do povo Puruborá, nas proximidades da aldeia Aperoi, na cidade de Seringueiras, interior de Rondônia. A deputada estadual Cláudia de Jesus (PT) pediu ao governo do estado e à Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril (Idaron) fiscalização na ária.

De acordo com relatos dos indígenas, igarapés e o rio Manoel Correia estão sendo afetados pelo uso de produtos químicos aplicados em grandes fazendas para o plantio, cultivo e colheita em larga escala. Lideranças locais afirmam que houve expansão dos campos de soja entre os anos últimos dois anos, com uso de mecanização das terras e pulverização de agrotóxicos com a utilização de aeronaves. Em janeiro deste ano, a situação se agravou.

“É uma situação que nos preocupa. Temos uma reparação histórica e ancestral com os povos originários e os governos devem levar políticas públicas de promoção das Terras Indígenas. É preciso verificar os danos que estão sendo causados ao meio ambiente e para as famílias e tomar medidas para cessar”, disse a deputada.

O que também preocupa os indígenas são os resíduos dos adubos químicos e agrotóxicos que são escoados para os leitos dos rios e igarapés. “O que pode estar consolidando um cenário triste com peixes mortos, de tamanhos e espécies variadas”, diz o pedido de providências enviado ao Governo. Danos também são previstos para a Escola Indígena Estadual de Ensino Fundamental Yawara Puruborá, a casa de farinha da Associação Indígena Maxajá, roças e moradias de populações que habitam o território há dezenas de anos. Um relatório com fotos elaborado pelos indígenas foi encaminhado ao Governo junto com o pedido de providências da deputada.

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