Medo da prisão gera brigas na casa de Cunha, mulher quer delação para não ser presa

Conflito. A tensão com a operação Lava Jato acabou com o clima de tranquilidade de Eduardo Cunha e Cláudia Cruz, que o casal exibia em eventos e viagens.

Só há brigas na casa do deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ). É o que garante uma fonte ouvida pela coluna, e que possui grande proximidade com o presidente afastado da Câmara e com seus familiares. Segundo ele, a jornalista , mulher do deputado, está se descabelando frente ao provável futuro que se vislumbra: a cadeia. Acostumada ao luxo e às caras grifes internacionais pagas com um cartão de crédito ligado ao truste suíço que Cunha diz não ser seu de fato, Cláudia nem cogita ir parar na prisão e passar dias sem fim por lá.

Por causa disso, o alvo constante da “primeira-dama da Câmara” tem sido o marido e agora não mais tão poderoso Eduardo Cunha. Com as armas que tem, Cláudia tem lutado pela liberdade dela e da filha com todas as forças que uma mulher acuada pode encontrar. “Quando mexe com a família, a coisa muda de figura, e Cunha pode sim fazer a delação”, contou a fonte.

Com as pressões de Cláudia, vieram as brigas intermináveis do casal acossado por um inferno astral infinito e sem precedentes no coração da família Cunha.

“O casamento deles está dilacerado, acabou a boa convivência”, contou uma fonte que conhece a vida e a rotina dos Cunha, e que participou do Conexão Empresarial, evento da VB Comunicação em Tiradentes no último fim de semana.

Assim, Cláudia está pressionando Cunha numa jornada implacável de ataques e brigas para que ele faça a delação de tudo o que sabe. “Só assim, ela poderá escapar da cadeia”, disse a mesma fonte.

A jornalista deu uma mostra dos transtornos que pode causar a Cunha em um depoimento à força-tarefa da Lava Jato em Curitiba que a abertura de sua conta no exterior foi sugerida pelo deputado e que ele próprio autorizava os gastos em lojas de luxo. As falas acabaram contradizendo a defesa do marido no Conselho de Ética. Cunha sempre disse não ter qualquer gestão sobre as contas. (Helenice Laguardia)

Sem Agência PT

Um juiz determinou que a Controladoria Geral de Minas (CGE-MG) retirasse do seu site uma entrevista cujo subtítulo dizia que, sob o governo Fernando Pimentel (PT), o órgão “põe à luz processos engavetados pelos tucanos”. A reportagem foi feita pela Agência PT e reproduzida no site da CGE. Para o juiz Paulo de Tarso Tamburini, da 7ª Vara da Fazenda Pública da capital mineira, o texto é uma “evidente matéria publicitária partidária, o que não é possível de se admitir em espaço institucional público do Estado”. O magistrado aplicou multa de R$ 1.000 diária em caso de descumprimento. A determinação foi dada após uma ação popular movida por sete advogados. No fim da tarde de ontem, o texto não estava mais no portal da CGE.

Eleição paulista

Pesquisa Ibope divulgada ontem mostra que, o deputado Celso Russomanno (PRB) é o líder na disputa pela Prefeitura de São Paulo, com 26% das intenções de voto. Depois, aparece a senadora Marta Suplicy (PMDB), com 10%, seguida pela deputada Luiza Erundina (PSOL), com 8%. Já o atual prefeito, Fernando Haddad (PT), está com 7%. João Doria (PSDB) foi mencionado por 6% dos entrevistados, e o vereador Andrea Matarazzo (PSD) por 4%. Na pergunta espontânea, pouco mais da metade (54%) dos entrevistados declarou não saber em quem vai votar. A pesquisa foi realizada entre 16 e 19 de junho, e ouviu 602 eleitores. A margem de erro é de 4 pontos percentuais para mais ou menos. A pesquisa foi registrada sob o número SP-00908/2016.

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