O presidente da Assembleia Legislativa, Maurão de Carvalho (PMDB), se reuniu no final da tarde de quarta-feira (10), com o procurador geral de Justiça do Ministério Público, Airton Marin, para tratar da abertura da escola municipal que funciona em Minas Nova, na região de Buritis.
Acompanhado do prefeito de Buritis, Roni Irmãozinho (PDT), do presidente da Associação Comercial e Industrial de Buritis (ACIB), Alexandre Lopes, do procurador do município, Fernando Bertuol e de moradores da localidade, Maurão explicou que a Escola já atende aos alunos há 12 anos, mas neste ano, as aulas sequer foram iniciadas.
“Segundo fui informado pelos representantes de Buritis, a promotora da cidade teria alertado a Secretaria de Educação, para que não autorizasse aulas na escola de Minas Nova. Com isso, mais de 20 alunos estão prejudicados”, disse Maurão.
O procurador geral informou que os promotores têm autonomia para agir e que a chefia do MP não exerce ingerência sobre essas ações. “Vamos nos inteirar dos fatos. Temos que cumprir a lei, mas não podemos ser insensíveis às questões sociais. Por isso, é preciso buscar um equilíbrio”, afirmou.
Minas Nova está na região da Reserva Extrativista Jaci-Paraná, que enfrenta uma série de dificuldades na questão fundiária. “Estamos trabalhando uma nova aproximação do Zoneamento, para que haja uma adequação e Minas Nova possa ter um novo ciclo de desenvolvimento, livre das amarras ambientais”, destacou Maurão.
Pais relatam dificuldades
Durante reunião no MP, pais de alunos prejudicados com o fechamento da escola relataram as dificuldades que os filhos estão enfrentando.
Ademilson da Silva, de 33 anos, reside com a esposa e três filhos, de 14, dez e nove anos, há uma década em Minas Nova. “Minhas crianças estão fora de sala de aula e eu não posso continuar morando lá, se eles não estudarem”, relatou.
Gilmar Raascher, de 31 anos, reside há 15 em Minas Nova. Ele é casado e tem dois filhos. “Um deles está em idade escolar, mas não tem ido à escola e isso é muito doído pra mim que sou pai. Estamos querendo apenas que seja autorizada a escolar iniciar as aulas, como já ocorre há anos”, completou.
Já Natanil Crethon disse que mora há 11 anos e que seus dois filhos estão sem estudar. “Dá um desespero na gente, ver o filho querendo estudar e não tendo como. Por isso, estamos aqui, pedindo apoio do chefe do MP, para que nos ajude a achar uma saída. Nossos filhos têm direito de estudar também”.
ALE/RO – DECOM – Eranildo Costa Luna
Foto: Marisvaldo José
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