Um áudio voltou a circular por aplicativos de mensagens na semana passada alertando que o juiz Sergio Moro, responsável pelas decisões em primeira instância da Operação Lava Jato em Curitiba, supostamente sofre ameaças de morte.
Na mensagem, um homem, identificado apenas como “pastor Rodrigo”, pede que cristãos orem por “pelo menos cinco minutos” pelo magistrado, pois ele e sua família estariam sendo ameaçados.
“Estão conspirando a morte dele. Eu tô falando de algumas fontes que são seguras. Estão querendo eliminar ele em prol de ele estar desmascarando e trazendo tudo à tona”, afirma o áudio.
“Tem gente de todos os partidos, governadores de todos os partidos, que estão prestes a ser expostos. Tanta gente estrategicamente… que vai chegar uma hora em que ele vai ser obrigado a colocar tudo à tona.”
De acordo com o suposto pastor, Moro também seria diácono da Igreja Batista de Curitiba. “Vamos orar, vamos clamar pela vida dele e por pessoas que estão próximas dele”, diz o homem.
FALSO: Moro diz que áudio ‘não procede’
Esta corrente não é nova. Ela surgiu em 2016, quando Sergio Moro já era uma figura conhecida nacionalmente por causa da força-tarefa. Procurado pelo UOL, o juiz respondeu, por meio de sua assessoria de imprensa, que as informações relatadas no áudio “não procedem”.
Apesar de negar ligação com o suposto pastor, Moro não quis comentar sua opção religiosa. No entanto, a Primeira Igreja Batista de Curitiba já havia negado que ele e o procurador Deltan Dallagnol participassem de seus cultos.
Em uma postagem feita em março de 2016 em seu Facebook oficial, a igreja afirma que os dois “não são membros desta igreja, conforme mensagens falsas que circulam em redes sociais.
Desde o início da Operação Lava Jato, Moro anda com seguranças em Curitiba.
Discreto, o magistrado não costuma falar publicamente sobre ameaças sofridas. No entanto, em janeiro deste ano, Thompson Flores, presidente do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), do qual Moro faz parte, encaminhou um ofício à presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Cármen Lúcia, e à Procuradoria-Geral da República relatando que desembargadores da Corte têm recebido ameaças.
O conteúdo das ameaças não veio a público, mas o principal receio do magistrado se voltava ao julgamento do expresidente Lula, como o próprio revelou a deputados petistas.
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