(Roberto Gutierrez – jornalista) A estupidez humana se traduz em pilhas de corpos sobre a carroceria de um sonho de consumo das próprias vítimas da ganância a qualquer custo. Como se fosse um jogo de GTA – o virtual se faz realidade e ganha o pesadelo das pessoas fragilizadas diante da violência. A história dessas mortes é cíclica: só escreve o que aconteceu, ou seja, uma história, quem ganha a guerra. Aliás, essa guerra mal começou, mas ela pode nascer a todo o momento dentro do lar de cada um, quando os pais não sabem impor limites, faz tudo o que o filho quer, ou nem faz nada, achando que filho e batata-doce – é só deixar crescer. Dá péssimos exemplos, ou são filhos do acaso – o prazer do desmantelo social, cuja família nunca existiu. Em casos isolados, são levados pelo afoito e acabam em hora errada, em lugar errado, ou tropeçando no azar de um destino mal selado.
A sensação de alívio das pessoas ao ver bandidos com passaporte carimbado para virar comida de vermes, não pode ultrapassar a satisfação do “Graças a Deus”, pois, assim, no fundo, mas, bem no fundo, não seríamos diferentes deles.
Penso que, assim como a droga, que pode entrar no desespero de qualquer família, independente da classe social, um filho poderá se envolver na criminalidade. Por isso, seja pai de verdade. Saiba que, saber dizer não, na maioria das vezes, é fazer do próprio filho alguém capaz de ser digno para a vida, e não um presunto amontoado numa carroceria.
Não podemos esquecer que a vida é feita de escolhas. Eles escolheram assim, apostaram as fichas dessa forma, e assim é a vida: cobra caro daqueles que se tornam cegos diante do próprio desmantelo.
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