As reclamações de usuários ao serviço de fornecimento e a expansão da rede distribuição de água levaram a Câmara Municipal de Ji-Paraná (CMJP) a realizar audiência pública, na segunda-feira (18), para discutir a prorrogação do contrato de concessão à Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia (Caerd).
De acordo com o presidente da CMJP, Affonso Cândido (DEM), com o fim do contrato de concessão à Caerd, em 18 de março, é necessário estabelecer cláusulas que garantam o fornecimento contínuo de água a todos os bairros da cidade e investimentos da companhia na ampliação da rede e instalação de adutoras.
A AP teve a participação do presidente da Caerd, José Irineu Cardoso Ferreira, que apresentou planilhas de arrecadação, custos e metas para que a companhia possa fornecer água a “todos” dos bairros de Ji-Paraná. Ele foi questionado por vários vereadores sobre a restauração da pista da avenida São Luís, no bairro Nova Brasília.
Irineu Cardoso esclareceu que a Caerd não tem responsabilidade sobre a obra por ela ter sido realizada por meio de convênio entre o governo de Rondônia e o governo federal, via Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A afirmação gerou protestos de vereadores e público durante a audiência.
Os vereadores Marcelo Lemos (PSD) e Lorenil Gomes (PTB) se revezaram nas cobranças para recuperação da avenida que há mais de dois anos teve a pista escavada para instalação de uma adutora. Os parlamentares também exigiram o governo de Rondônia, por meio do Departamento Estadual de Estradas de Rodagem (DER), assuma a obra.
Sobre o investimento de R$ 180 milhões do governo federal na implantação do projeto de esgotamento sanitário no município, o presidente da Caerd afirmou que os recursos estão garantidos desde haja a manutenção do contrato ou que o serviço seja assumido por uma estatal.
No fim da audiência, a CMJP emitiu nota esclarecendo não ser contra a prorrogação do contrato com a Caerd, tampouco que apoie a privatização do serviço de fornecimento de água. Em conjunto, os vereadores sustentaram que a companhia deve investir parte do que arrecada no município e forneça água de qualidade a todos os bairros da cidade.
E ainda que o contrato de concessão seja prorrogado por período curto (entre seis meses e um ano) a fim de avaliar se a companhia de águas tem capacidade técnica e operacional, com as novas metas estabelecidas, de continuar com o fornecimento municipal de água.
Compuseram a mesa da audiência pública, o deputado estadual, Lazinho da Fetagro (PT), presidente da Associação Comercial e Industrial de Ji-Paraná, Hugo Araújo, secretário municipal de Governo, Carlos Magno Ramos, diretor-presidente da Agerji, Clederson Viana e o secretário regional de Governo, Everton Esteves.
Participaram da AP os vereadores Nim Barroso (PRB), Lorenil Gomes (PTB), Marcelo Lemos (PSD), Izaias Arnica (PSB), Ademilson Procópio (PTB), Ida Fernandes (PV), Joaquim Teixeira (MDB), Cláudia de Jesus (PT), Edilson Vieira (MDB), Obadias Ferreira (DEM), Weliton Fonseca (PR) e Joziel Carlos de Brito (MDB).
Texto: Jairo Ardull
Foto: Marcos Gomes
Faça um comentário