Brasileira de Rondônia morre de fome e sede no deserto mexicano

Enfermeira é abandonada na travessia da morte para cruzar o deserto mexicano, porta de entrada para os Estados Unidos.

Roberto Gutierrez – A brasileira Lenilda Oliveira morreu de fome e sede após ser abandonada no deserto do México numa cruzada cujo objetivo era o de entrar ilegalmente nos Estados Unidos. Ela era técnica de enfermagem, tinha 48 anos, morava no Vale do Paraíso, região central de Rondônia, tinha duas filhas e já havia morado nos Estados Unidos durante sete anos. Foi quando resolveu retornar ao Brasil para criar as filhas.

Desespero

Foi praticamente um mês que ela ficou no México, aguardando o momento certo para a travessia – uma aventura perigosa que ela já havia feito  há quatro meses e acabou sendo barrada, mas isso não foi motivo para desistir. Na segunda tentativa sem conseguir acompanhar o ritmo do grupo, acabou abandonada. Sem água e comida ela foi encontrada desmaiada à sombra de uma árvore. Essa informação foi possível porque Lenilda havia gravado uma mensagem para uma amiga dando conta do sofrimento que estava passando. As buscas foram feitas por gente do México contratada pela família no Brasil. Chegou a ser socorrida a um hospital na fronteira americana, mas não resistiu.

Lenilda de Oliveira morou nos Estados Unidos durante sete anos, ganhou dinheiro e resolveu voltar ao Brasil. Como técnica de enfermagem acabou de criar as filhas que haviam deixado com a mãe dela. Uma das filhas é hoje advogada. A previsão é que o corpo de Lenilda Oliveira deverá chegar ao Brasil nos próximos 20 dias.

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