Por duas vezes a tentativa de instalar o caos, na possibilidade de que as Forças Armadas fizessem uma intervenção amparada do artigo 142, não deu certo porque lulistas assistiram de camarote e não foram às ruas confrontar.
Roberto Gutierrez – A primeira tentativa de se instalar o caos aconteceu no dia 12 de dezembro com da destruição de caros e ônibus logo após a ameaça de invadir o prédio da Polícia Federal por conta da prisão de um índio. Desta vez os Bolsonaristas se articularam com mais antecedência. Convidaram os patriotas para ir a Brasília para a grande manifestação dando a entender que seria o dia D, da derrubada do atual governo.
Apesar da fragilidade da polícia que não conseguiu impedir a invasão ao Planalto, ao Congresso e ao STF, em nenhum desses eventos apoiadores do Lula foram às ruas para um confronto direto contra os bolsonaristas. Nem mesmo a polícia usou de força extrema o que poderia provocar o caos tão esperado. Caso as polícias não dessem conta da desocupação dos prédios ocupados, aí sim, qualquer um dos três poderes poderia, em tese, requerer o tão sonhado desejo dos bolsonaristas artigo 142, o qual aciona a intervenção das forças armadas para a garantia da ordem e do estado democrático de direito.
O plano do confronto direto e da instalação do caos falhou. O a democracia saiu fortalecida porque os três Poderes e as instituições se uniram pela ordem pública. Os manifestantes que foram levados ao comportamento extremo por não aceitar o resultado das eleições, pedir intervenção militar com a volta de Bolsonaro, boa parte terá agora que responder criminalmente pelos atos cometidos por ousar atentar quanto à democracia. Investigações deverão levar também aos supostos financiadores dos movimentos que levaram a esses ataques.
Apesar de o Governo Lula ter conseguido alguns avanços nas negociações politicas com forças partidárias divergentes para conseguir espaço para governar, não se pode negar que esse governo terá que enfrentar uma oposição sistemática, e nada de bom que esse governo fizer será o suficiente para mudar a opinião de um bolsonarista cuja única fonte de informação virá nos grupos de redes sociais com meias verdades, informações equivocadas ou notícias plantadas para causar indignação e alimentar o ódio. Detalhe: quem nesses grupos ousar questionar alguma coisa será tratado com comunista.
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