Grito da Terra em defesa da agricultura familiar e ações para enfrentar a crise hídrica em Rondônia

Segundo a deputada Cláudia de Jesus, é preciso cuidar das nossas águas: “temos uma crise hídrica batendo em nossa porta e precisamos de responsabilidade política”.

Cristiane Abreu e Francisco Costa – Movimentos sociais e trabalhadores da agricultura familiar de várias cidades rondonienses participaram na manhã desta quarta-feira, 26, do primeiro dia do Grito da Terra 2024 na capital de Rondônia. A concentração foi na frente do prédio do poder legislativo, onde aconteceram várias falas em defesa de políticas públicas para os agricultores em todo estado. A deputada estadual Cláudia de Jesus (PT) destacou a necessidade de ações na saúde no campo, educação, infraestrutura e a pauta das mulheres. A parlamentar alertou para a crise hídrica em Rondônia e a urgência de preservar o meio ambiente.

Reunião do Grito da Terra com Governo de Rondônia.

“Precisamos cuidar das nossas águas; o meio ambiente precisa ser preservado. Temos uma crise hídrica batendo em nossa porta e precisamos de responsabilidade política. Quando a água acabar não terá dinheiro algum que compre. Quando nossos rios secarem não vai ter mais como resolver esse problema. Precisamos ter equilíbrio para produzir alimento. Quem põe alimento na mesa da população é a agricultura familiar. O pequeno agricultor merece respeito e apoio dos governos”, disse Cláudia para o público do evento. A deputada colocou seu mandato à disposição dos trabalhadores rurais, reforçando que a manifestação solicita melhores condições de acesso à terra, saúde, educação e assistência técnica. E destacou que a agricultura familiar é fundamental para o fortalecimento da economia brasileira e a garantia da soberania alimentar.

O Grito da Terra é um espaço permanente para discutir e negociar políticas públicas para a agricultura familiar e os povos do campo com os poderes públicos estadual e federal.

Logo após o ato público na frente da Assembleia Legislativa, lideranças do movimento estiveram reunidos com representantes das secretarias de assistência social, educação, saúde, segurança, infraestrutura, meio ambiente, agricultura e Casa Civil. O encontro no Palácio do Governo serviu para reafirmar 101 pautas para eixos como: habitação rural, regularização fundiária, educação, meio ambiente, saúde, mulheres, juventude e infraestrutura das estradas. O governo diz que já executou 89 das solicitações e 13 estão em andamento.

O que é o movimento?

O Grito da Terra é uma ação criada para servir como espaço permanente de discussão e negociação de políticas públicas para a agricultura familiar e os povos do campo com os poderes públicos estadual e federal. É organizado pela Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares de Rondônia (Fetagro), junto com seus sindicatos filiados e parceiros. Em Rondônia o evento acontece nos dias 26 e 27 de junho. O objetivo é negociar com o governador Coronel Marcos Rocha e órgãos federais para melhorar a qualidade de vida da classe trabalhadora rural.

O movimento busca propor políticas para a agricultura familiar em áreas agrícolas (assistência técnica, crédito, comercialização), agrárias (regularização fundiária, desapropriação de terras, criação e manutenção de assentamentos sustentáveis e combate aos conflitos no campo), social (saúde, previdência, educação, assistência social, segurança e habitação) e salariais (cumprimento e ampliação das leis trabalhistas).

Trabalhadores e agricultores em frente ao poder legislativo 

Desde a década de 90, o Grito da Terra tem dado voz aos milhares de agricultores e agricultoras familiares, tornando-se um espaço de reivindicação e negociação das necessidades da agricultura familiar, além de denunciar atos contra a vida dos povos do campo, das florestas e das águas. A edição de 2024, com o tema “Na luta em defesa da agricultura familiar”. Ao todo, foram apresentadas 101 propostas, incluindo habitação rural, regularização fundiária, educação, meio ambiente, saúde, mulheres, juventude e infraestrutura das estradas.

 

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será publicado.


*