PPS e PSB já estão ‘ficando’
Os presidentes do PSB e do PPS, Carlos Siqueira e Roberto Freire, assinam artigo publicado nesta segunda-feira, no jornal “Folha de S. Paulo” em que defendem o sentido histórico da provável fusão entre os dois partidos – que será discutida em congressos das legendas em junho. O texto lembra as origens do PPS, herdeiro do Partido Comunista Brasileiro, o “Partidão”, e do PSB, socialista. Fala da “Frente do Recife” e seu papel na resistência à ditadura e na campanha pelas diretas, citando também a Constituinte e o impeachment de Fernando Collor como situações em que as legendas atuaram conjuntamente.
Quarta maior legenda
Caso venham mesmo a se fundir, formariam a quarta maior bancada da Câmara, com 45 deputados, atrás apenas de PT, PMDB e PSDB. O novo partido poderá manter o nome de PSB ou passar a se chamar PS40.
Nanicos em desespero
Nove partidos (PTN,PRP, PSDC, PRTB, PEN, PTdoB, PSL, PMN, PTC e PHS) considerados nanicos e que elegeram cinco ou menos deputados tentam se unir em torno de uma bancada com 24 parlamentares, a 8.º maior da Casa, à frente de legendas tradicionais como DEM (22), PDT (19) e PPS (10).
Fusão e interesses
A maior preocupação dos partidos está mesmo com a sobrevivência da legenda, mas o que pesa mesmo, como sempre, é a grana: a cúpula do PTB está de olho no “dote” do DEM, que é o valor do Fundo Partidário do partido. O PTB embolsou R$ 11,9 milhões e o DEM R$ 14,8 milhões em 2014.
Vereadores podem se dar mal
Quem vai se ferrar com areia e caco de vidro mesmo é boa parte dos vereadores em todo o país. Algumas fusões anunciadas vai tornar o novo partido com um grupo da morte, reunindo até cinco ou seis vereadores. A situação vai complicar mais ainda se a reforma mudar para o tradicional cociente eleitoral da eleição proporcional, transformando em majoritária, ou seja, os mais votados se elegerão. Mesmo que a reforma mantenha como a forma de eleger um vereador, será muito complicado novos partidos com quatro ou cinco vereadores disputando reeleição.
Faça um comentário