IstoÉ! – Nos últimos dias, o ministro relator da operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki, recebeu a informação de que tanto a PF como o Ministério Público Federal têm elementos capazes de confirmar algumas importantes revelações feitas pelo senador Delcidio do Amaral (PT-MS) em acordo de deleção premiada, divulgadas com exclusividade na última edição de ISTOÉ. Com base nessas investigações preliminares, Zavascki decidiu homologar o acordo com o ex-líder do governo no Senado, o que deverá ocorrer até o final da próxima semana. Trata-se de um procedimento rotineiro imposto a todos os demais delatores. Não basta fazer o depoimento, é preciso que haja indícios de que o que está sendo dito é verdadeiro. Só assim o acordo recebe a chancela da Justiça e passa a ter efeito legal.
O outro ponto importante do depoimento já preliminarmente checado diz respeito ao pagamento de R$ 250 mil em cinco parcelas de R$ 50 mil à família de Cerveró, acertado no período em que permaneceu preso pela Lava Jato. O próprio senador foi para a cadeia depois de ser flagrado em uma conversa oferecendo dinheiro e fuga a fim de evitar uma delação do ex-diretor da Petrobras. No depoimento de Delcídio, divulgado por ISTOÉ, ele afirma que foi o ex-presidente Lula o mandante dos pagamentos para a família de Cerveró. Segundo revelou o senador, Lula lhe pediu para procurar o pecuarista José Carlos Bumlai que iria lhe passar o dinheiro a ser entregue para Cerveró. Delcídio, no entanto, fez contato com Maurício Bumlai, filho de José Carlos. Afirmou que 25 de maio de 2015 encontrou-se com Mauricio no restaurante Rodeio do shopping Iguatemi, em São Paulo, pegou R$ 50 mil e entregou ao advogado de Cerveró, Édson Ribeiro. A PF já confirmou que em 24 de maio de 2015 Delcidio saiu de Brasília com destino a São Paulo e que no dia seguinte almoçou com Mauricio Bumlai no restaurante Rodeio do Shopping Iguatemi.
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