Roberto Gutierrez – Pelo simples fato de a decisão do Tribunal Regional Eleitoral de Rondônia (TRE) não ter sido unânime, (aliás, decidida num pênalti) seria praticamente impossível que o TSE não acate o recurso dos advogados do PMDB em defesa do governador Confúcio Moura (PMDB) e do vice Daniel Pereira (PSB) para mantê-los no cargo ora cassados por suposto abuso do poder econômico e compra de votos.
A suposta compra de votos a qual os desembargadores ficaram divididos se assim pode ser caracterizado, ocorreu antes de Confúcio Moura ter sido homologado pelo PMDB candidato à reeleição.
Em convenções partidárias são comuns servir alimento e água, afinal, são pelos menos 10 horas seguidas em um mesmo lugar, uma festa interna de um partido e as despesas são custeadas pela agremiação, a realizadora da convenção.
Seria também abuso do poder econômico oferecer banheiro, papel higiênico ou bebedouro? Isso tudo custa dinheiro para manter funcionando. Aliás, papel higiênico para uma provável rotatividade de mais de 1.500 pessoas e rolo pra caramba!!!
Outro aspecto que deve ser observado no despacho do ministro de plantão quanto ao recurso, é que não se trata de uma corruptela de dois mil habitantes. Trata-se de um Estado cuja a vida de milhares de pessoas e os prejuízos seriam enormes com uma mudança de comando no Estado. Não é porque a linda careca do governador, cujo corte é igual ao da personagem Xana – da novela Império – precisa ser mantida no poder, mas que ele, ao ser governador, deixa de ser uma pessoa comum e se torna uma instituição cuja decisão dele ou de um presidente da República, por exemplo, mexe com a vida de milhares de pessoas, quanto mas, botá-lo pra fora.
Me ajudem a imaginar a cena de um eleitor argumentando o suposto motivo por ter votado no Confúcio Moura:
Aquela maionese com costela enrolada e fraldinha assada estavam demais. Acho que já decidi meu voto. Vou de Confúcio 15, o rei da fraldinha assada.
Outro eleitor poderia dizer que não votou no Confúcio porque o arroz estava duro e sequer serviram uma caipirinha! Esse cabra não presta pra ser governador!!! Ô, raça!!
Imagine então o eleitor dizendo que só votou no Confúcio porque aquele papel higiênico no banheiro da convenção, cheiroso, macio, fofinho era tão bom, mas, tão bom, que não hora que estava na urna sentiu um arrepio e, assim, não teve jeito: votou no 15. Aliás, era muito, mas, muito diferente do sabugo de milho que o dito cujo eleitor estava acostumado a usar.
O Ser humano não consegue lembrar da última dor de barriga que teve, quanto mas lembrar no momento em que está diante de uma urna do que comeu meses antes durante uma convenção!!!
Aliás, em campanha política, o último favor é o que vale – o que poderia decidir um voto. Uma carona até o local de votação, é possível que isso possa fazer um eleitor votar – principalmente os que não têm ainda candidato!
Em minha gritante ignorância, percebo que uma convenção partidária é uma festa da democracia. Uma festa voltada para os partidários, filiados e simpatizantes. Nela é permitida a propaganda, a manifestação de ideias, a apresentação de uma plataforma política, obviamente discursos, beber água, fazer xixi etc… Ora bolas, é uma festa interna de um partido e não um comício em praça pública com candidatos definidos pedindo voto.
É ignorância sim senhor Roberto. Seu comentário é de apologia à impunidade. A lei proíbe a distribuição de comidas e bebidas em convenções partidárias. Sua matéria não é bem humorada ela é boba, tosca e desprovida de conhecimentos. A maior festa da democracia são as eleições e também se proíbe a distribuição de comida e bebidas, o PMDB sabia da proibição imposta pela lei eleitoral e, em vez de acatar os ditames da lei, não fez e ainda a desafiou. Convenção é coisa séria e é ato cívico e não local de distribuição de comidas e bebidas a todos. Precisamos fazer cumprir as leis no nosso país. Justiça para todos e penalidade para quem descumpriu o legal. Isso é fato.
Sobre ignorância, nobre participante da rede mundial de computadores, o que existe de real é ela. Aliás, a Ignorância e o universo são infinitos, se bem que, quanto ao universo, tenho minhas dúvidas.
Quanto à ‘apologia’ à impunidade, passa longe do meu texto esse preceito cujo conceito que adoto é o humor. Imagine então se a comida estivesse provocado dor de barriga aos mais de mil convidados e alguém na porta do banheiro estivesse trocando um rolo de papel higiênico por voto? Hehehehe.
Ainda quanto à apologia à impunidade, quem em tese, seria conivente, é a própria Legislação Eleitoral!!! Não é ela que permite a contratação de milhares de pessoas para se tornar formiguinhas de campanha política? Não é ela que permite o recebimento de milhares de reais seja de quem for? Não é ela que permite contratar na última semana de campanha milhares de pessoas com o propósito de trabalhar, mas que, na verdade o intuito final é trabalhar se quiser, mas, o importante é não deixar de comparecer às urnas?
Como se explica essa matemática cujo salário de um prefeito e secretários e demais cargos de confiança somados não cobre os milhões de reais que foram gastos na campanha?
Que plano de mediunidade, de desprendimento, de dedicação à lá Madre Tereza de Calcutá explicaria tamanha bondade de uma empresa ou empresário em doar um milhão de reais para um candidato simplesmente porque naquele dia amanheceu bonzinho demais? Ou que um Deus qualquer tenha aparecido ao pé da cama dele e dito: Oh, vá ao cofre, retire um milhão de reais e dê para o candidato do PQP!!!
A tal festa da democracia começa sim com as convenções partidárias, porque felizmente ou não, não se chega ao poder se não por meio de um partido político. A festa começa nas convenções, porque num sentido filosófico até, é uma realidade que se trona proibida em regimes ditatoriais. Aliás, nos porões da ditadura das décadas de 60 e 70 era o endereço daqueles que ousavam falar em liberdade de expressão, quanto mas, direito a uma eleição.
Convenção é coisa séria e, como tal, local onde as pessoas se reúnem, devem e podem se reunir em torno de uma mesa. Isso é assim desde o tempo que o diabo é menino. Seria a distribuição de comida na ‘santa ceia’ que causou a morte dele? (Hehehhe) O que nos torna diferente das outras espécies, é que podemos nos alimentar sem precisar morder a orelha de quem está ao lado e, nos alimentar, não para matar a fome, mas, no sentido de brindar a vida, o momento especial, o nascimento de alguém, à vida, à liberdade, uma convenção seja ela de qual intuito for.
Imagine então a comida aos convencionais e simpatizantes, cujo interesse maior é indicar um nome que os represente num pleito eleitoral, que ainda por vir, sendo convencidos a participar do processo em troca de um prato de comida ou uma garrafa de água?
Meu caro Roberto, muito oportuna e correta sua análise. Impossível se pensar uma convenção de muitas horas, sem o oferecimento de alguma comida e bebida. Depois, trata-se de uma festa fechada e a organização do evento não é necessariamente controlada pelos candidatos.
EU ESTÁ PRONTO PRA ESCREVER TODA A INDIGNAÇÃO QUE TBM SINTO AOM ESTÁ HISTÓRIA DO IMPICHIMAN MEUZOVO DO COMFÚCIO. PORÉM VOU COM MEU AMIGO, GUITIEREZ QUE FALOU TUDO E MAIS UM POUCO. VOU NESSA.