Bolsonaro não estava nem um pouco preocupado em dar uma de “Lulinha Paz e Amor” ou desdizer sobre as frases polêmicas que alimentam sua campanha. Ele aproveitou o erro de estratégia dos entrevistadores William Bonner e Renata Vasconcelos para minar os defeitos da Rede Globo com as próprias perguntas as quais era bombardeado. Ou seja, ele aplicou a máxima de uma briga: chumbo trocado não dói. Até porque boa parte do eleitorado do Bolsonaro o admira porque é bocudo – responde na lata.
A Globo conseguiu levantar a bola para o Bolsonaro cortar. Significa dizer que ele no mínimo poderá passar da marca dos 35% já que, segundo o Ibope, teria 22% – o que já era o dobro do segundo colocado.
Aliás, não só a rede Globo como os demais grandes veículos de comunicação, estão usando das entrevistas que fazem com os candidatos a técnica do interrogatório, ao invés de uma entrevista que busque extrair do candidato se realmente está preparado para governar.
Você sabia que, qualquer um dos candidatos à presidência da República que for eleito, assim que assumir o mandato todo e qualquer processo que existir contra ele fica congelado, ou seja, só será dado prosseguimento quando o mesmo deixar de ser presidente da República? Por que então tanta energia gasta para desconstruir esses candidatos que, ao assumir, nada mais vai prejudicá-lo?
Se as entrevistas se aterem nas propostas e de que forma conduzir e enfrentar os problemas do País atravessa, aí sim, será o povo que irá perceber quem está mais preparado para governar.
Quando uma entrevista busca desqualificar um candidato, não é diferente dos mecanismos em um debate, quando candidatos se atacam. O povo não quer briga.
Não se pode querer baixar o nível contra Bolsonaro na tentativa de atacá-lo e destruí-lo. É uma briga perdida. Bolsonaro tem doutorado em Bate-boca – é o estilo dele.
Bolsonaro, assim como os demais candidatos à presidência, precisam ser medidos pela capacidade administrativa e não pela competência de uma discussão de esquina.
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