Variante Delta é muito transmissível, diz senador médico

PERIGO – Senador Confúcio Moura alerta sobre grau de transmissibilidade da variante Delta do coronavírus no Brasil.

O senador Confúcio Moura (MDB-RO), presidente da Comissão Temporária da Covid-19 (CTCovid-19), utilizou a tribuna virtual da sessão plenária na quarta-feira (18) para alertar sobre o grau de transmissibilidade da variante delta do coronavírus no Brasil, e afirmou que a Comissão está preocupada em buscar informações antecipadas para orientar os órgãos governamentais na tomada de posições sobre condutas preventivas.

O parlamentar afirmou que o Colegiado, nesta sexta-feira (19), às 10 horas, irá debater em audiência pública com especialistas e cientistas, por meio de vídeo conferência, os riscos e impactos da variante delta e do surgimento de outras possíveis perante a população brasileira e mundial (vacinada e não vacinada).

Parlamentar afirma que, quanto maior a durabilidade da circulação do vírus mais mutações ele sofrerá.

De acordo com o senador, os países que ainda não iniciaram a vacinação ou que estão ainda em fase inicial são, na realidade, uma ameaça para o mundo inteiro. Segundo ele, quanto mais aumentam as mortes, a durabilidade da circulação do vírus nas comunidades, nos países, mais o vírus sofrerá mutações. “A mutação não fica só localizada naquele país pobre, os mutantes vão andando com as pessoas, com o movimento das pessoas, para todos os países do mundo”, alertou.

Confúcio disse também que a comissão da Covid quer ouvir ainda os governadores, principalmente os presidentes dos consórcios de governadores, justamente por causa da discussão que está indo parar no Supremo Tribunal Federal (STF), onde o Ministério da Saúde está distribuindo e os governadores estão reclamando que está chegando pouca vacina, que está havendo uma redução do percentual baseado na população dos respectivos estados.

A audiência pública desta sexta-feira prevê ainda o debate sobre a análise do relaxamento das medidas protetivas e desativação de leitos; a realização de eventos de grande porte como Réveillon e Carnaval; bem como da necessidade ou não de incremento de orçamento público e de medidas adicionais de prevenção e/ou logística para enfrentamento da COVID-19, para o ano em curso e para o seguinte.

Foram convidados para o debate, a adjunta da 5ª diretoria da ANVISA, Daniela Marreco; o infectologista, pesquisador e professor do Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Guilherme Werneck; a infectologista e professora da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Raquel Stucchi; o professor de genética da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Renan Pedra; a especialista do corpo diretivo da Sociedade Brasileira de Imunização (SBIm), Monica Levi; e um representante do Ministério da Saúde.

Foto: Agência Senado

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