Marcos x Marcos: Rocha não convence e Rogério anula transferência de votos

Elizabeth Taylor como Cleópatra no filme de 1963 (Foto: Divulgação)
Elizabeth Taylor como Cleópatra no filme de 1963 (Foto: Divulgação)

Fazendo pose de coitadinho Rocha racha opiniões entre desconhecer o próprio governo e comportamento mitomaníaco, já, Marcos Rogério, consegue envolver o adversário na falta de raciocínio rápido.

*Roberto Gutierrez – Quando os Flamenguistas perceberam que o título da Copa do Brasil 2022 contra o Corinthians foi para os pênaltis, não havia como esconder o medo e o reconhecimento deles diante da superioridade do goleiro corintiano Cássio – um gigante.  Se dependesse apenas do debate entre Marcos Rogério x Marcos Rocha, na noite de ontem, na Globo Rondônia, Marcos Rogério seria o governador eleito, ou seja, o Cássio gigante que impõe respeito.

Usando o comentário da amiga Célia de Moraes, “no debate prevaleceu o Marcos Rogério. Até na apresentação pessoal. Muito bem vestido, com uma tonalidade sóbria, perdeu a dicção empostada de radialista para assegurar uma musicalidade verbal solta. Não tentou passar a imagem de erudito, nem de jurisconsulto. Enfim, venceu o debate porque soube usar a falta de raciocínio rápido do oponente.”

Marcos Rocha, que foi orientado a fazer papel de humilde, vítima, coitadinho, não conseguiu encarnar a personagem e, por vezes, assinou atestado de um homem fraco, que não conhece o próprio governo, esquecendo que, na condição de um Coronel, cuja patente representa na hierarquia comando, decisão, tomar posição firme, apontar os caminhos e a estratégia,  revelou-se inútil, submisso, contraditório e, o pior de tudo, comportamento mitomaníaco –  mentiroso compulsivo. Seu despreparo foi tamanho que até mesmo suas meias verdades se tornaram mentiras por narração mal desenvolvida.

Apoios anestesiados

Quem é Marcos Rocha, não vai deixar de votar nele por conta debate, no entanto, será muito difícil entusiasmar os que votaram em Léo Moraes e Jaqueline Cassol a votar em Marcos Rocha, mesmo os dois sendo anunciados esta semana como os novos apoiadores do atual governo à reeleição.

“Transferência de voto ou voto de endosso, é tarefa árdua e uma luta inglória”. Se essa tarefa fosse fácil, Ivo Cassol, considerado um fenômeno na Política de Rondônia, teria elegido a mulher dele senadora (Ivone Cassol) quando lançou João Cahula a governador, teria elegido a irmã dele (Jaqueline) esse ano senadora. Em tempos de redes sociais, esse poder de transferir voto fica muito mais difícil.

Fato igual está acontecendo neste momento em Minas Gerais: Zema foi reeleito com 56% dos votos como excelente e um grande gestor, no entanto, não conseguiu transferir seu capital  político para o presidente Jair Bolsonaro!.

No segundo turno de 1998 Valdir Raupp de Matos tinha o apoio da maioria dos prefeitos de Rondônia e perdeu a eleição para José de Abreu Bianco. Ou seja, o endosso dos prefeitos não fez diferença.

Poder econômico

O que pode fazer alguma diferença ao Marcos Rocha, é o poder econômico que tem, não só em razão da maquina governamental, como o poder de barganha que tem de conseguir apoio dos eleitos que estão em busca de espaço.

Resumo da ópera

Portanto, o debate ajudou Marcos Rogério a impedir transferência de votos dos apoios conseguidos por Marcos Rocha, e avançar alguma coisa significante na Capital de Rondônia onde o eleitorado representa um terço da população votante.  Não há como não perceber que a campanha de Marcos Rocha ganhou corpo nesta reta final, mas, por que será que ataques sistemáticos estão sendo feitos ao suplente de Marcos Rogério, e o ataque sistemático ao Hospital do Amor cujas contas estão em ordem? Porque os números internos de quem tem dinheiro para fazer pesquisa interna diária nos municípios (para não ser divulgada) revela que Marcos Rocha está perdendo espaço.

*Colunista político.

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