
A Coluna do Gutierrez traz hoje um resumo do que o colunista vem afirmando há cinco anos sobre a disputa pelo Senado em Rondônia nas eleições em 2026.
Percentual para cada lado
As projeções indicam que entre 55% e 58% dos votos válidos em Rondônia deverão se concentrar entre os candidatos da direita ao Senado: Silvia Cristina, Marcos Rogério, Marcos Rocha, Delegado Camargo, Cabo Daciolo e Bruno Schaider.
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Se essa fatia fosse distribuída de forma igualitária, cada um teria algo em torno de 11% dos votos no primeiro voto. No entanto, a conta não é tão simples. Alguns nomes podem chegar a 12%, enquanto outros podem ficar com 5% ou menos, dependendo da força regional e das alianças.
Tendência
No segundo voto, a deputada Silvia Cristina tende a ampliar seu alcance, conquistando votos casados não apenas com os candidatos de direita, mas também com os de centro e até com os de esquerda, como Confúcio Moura e Acir Gurgacz.
Marcos Rogério
Ao mesmo tempo, Marcos Rogério deve absorver parte expressiva do segundo voto entre os eleitores da direita, beneficiando-se de sua visibilidade, do apoio bolsonarista e da boa penetração junto ao eleitorado conservador do interior.
Estratégia
Dessa forma, a ala progressista, que deve reunir cerca de 40% dos votos válidos, provavelmente lançará apenas um candidato competitivo — seja Confúcio ou Acir.
Equilíbrio
O cenário, portanto, aponta para um resultado equilibrado, em que a direita deve garantir uma das vagas e a centro-esquerda tende a ficar com a outra.
Não será fácil
No panorama atual, Silvia Cristina desponta como a candidata da direita com maior poder de agregação: tem perfil para votos casados em diferentes polos — inclusive com figuras de centro como Confúcio ou Acir Gurgacz— e pode capturar fatias de eleitores que buscam “alternativa à direita tradicional”. Isso lhe dá vantagem comparativa dentro da direita, no entanto, Marcos Rogério também consegue parte do segundo voto na direita Rondoniense, mesmo porque os demais nomes dispersariam votos entre si.
Quadro possível
Por outro lado, a candidatura progressista — se unificada entre Confúcio ou Acir — tem potencial de concentrar os 40% de votos da faixa centro-esquerda, mas enfrenta o desafio de mobilizar além da base tradicional. Essa candidatura precisará de alto poder de engajamento e discurso de amplitude, capaz de competir com o peso eleitoral da direita.
Em resumo
Silvia Cristina aparece como favorita a uma das vagas, com Marcos Rogério bem-posicionado para captar o segundo voto da direita, enquanto a centro-esquerda deve lutar pela segunda cadeira, desde que mantenha unidade e coesão em torno de um nome único.
A história explica
A história da renovação em dois terços para o senado em Rondônia revela personagens que ocuparam posição de segundo voto:
Foi assim com Olavo Pires, Valdir Raupp, Fátima Cleide, Marcos Rogério e agora com a possibilidade de Silvia Cristina, mesmo sem grupo, ocupar essa condição opcional eleitoral.
*Roberto Gutierrez é jornalista. Na comunicação desde outubro de 1976, passou por todas as mídias e há quase três décadas é editorialista e analista político.
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