Em meio aos debates sobre o contingenciamento de recursos para a educação. O senador Marcos Rogério fez um discurso em plenário, na tarde desta quinta-feira, chamando a atenção para a baixa qualidade do ensino no nosso país. Ele destacou novamente que educação se faz com investimento e não com cortes, mas que é preciso empregar os recursos de forma correta para colher bons resultados. “O Brasil está investindo 7% do produto interno bruto em educação. Só em 2018, o nosso PIB foi de R$6,8 trilhões! Nosso país está acima da média mundial em termos de investimento em educação, porém abaixo da média em termos de qualidade educacional.”
Durante sua fala, o senador ressaltou que é preciso descobrir o motivo que impede o Brasil te ter melhor desempenho na educação. E se espelhar em países bem avaliados nessa área pode ser um bom caminho. “Não sou muito afeito a simplesmente colher exemplos externos e pretender aplicá-los no Brasil, porque nossas realidades, obviamente, são muito diferentes, mas, respeitadas as diferenças, alguns exemplos são muito bem-vindos.”
Um desses exemplos seria é o Japão. Marcos Rogério contou que durante uma visita ao país ele teve a oportunidade de visitar algumas escolas. A interação das crianças com seus professores e também os valores passados em sala de aula chamaram a atenção: “coisas aparentemente simples, como o compartilhamento de serviços na escola, como é o caso da limpeza da sala de aula. Quando nós vimos aquilo ficamos estranhando. Aqui, talvez isso seria tido como um absurdo, uma exploração, um crime. Mas, lá é um hábito. É assim que funciona. A criança aprende o valor do trabalho desde cedo”, destacou.
Outro caso de sucesso citado pelo senador, foi o da Finlândia, que vem sendo muito bem avaliada no Programa Internacional de Avaliação de Alunos. Um dos fatores de sucesso do país se deve a valorização do professor pela sociedade e não o salário, que é considerado médio no país.
“Com esses poucos exemplos é possível perceber que aqui no Brasil precisamos focar em três pontos: o primeiro, elevar a formação de professores; o segundo, pagar melhores salários; e, o terceiro, conferir-lhes valor social”, finalizou Marcos Rogério.
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