Sem apresentar nenhuma prova, o presidente volta a falar sobre documentos de inteligência para provar sua teoria sobre algo.
Segundo divulgou a Folha de S. Paulo, o presidente fez essa acusação, mas não apresentou a nenhum deputado ou senador qualquer prova do suposto plano arquitetado.
Essa não é a primeira vez que Bolsonaro apresenta esse tipo de argumento. Em março, o capitão disse que a eleição de 2018 foi fraudada e que tinha provas, mas nunca as mostrou. No mesmo mês, deixou no ar alguma informação privilegiada sobre o coronavírus, dizendo que a população logo saberia que estava sendo enganada por governadores e prefeitos, mas também nunca apresentou.
E o clima parece estar tenso entre o presidente e o Congresso. Mais cedo, Bolsonaro já havia alfinetado o presidente da Câmara. Os dois trocaram farpas após o Palácio do Planalto trocar Luiz Henrique Mandetta por Nelson Teich, na chefia do Ministério da Saúde.
Em entrevista à CNN, Bolsonaro disse que Maia parece estar conspirando contra a cúpula do governo e quer “esculhambar” a economia para criar boas condições às eleições de 2022.
“Lamento a posição do Rodrigo Maia. Ele resolveu assumir o papel do Executivo com ataques bastante contundentes à nossa posição”, afirmou. “Não pode agir dessa maneira, jogar todos os governadores contra mim, para o Senado aprovar essa proposta. A gente não aguenta isso. Qual o objetivo do senhor Rodrigo Maia, resolver o problema ou atacar o presidente da República? Ele não quer amenizar os problemas, ele quer atacar o governo federal, enfiando a faca no governo federal. Parece que a intenção é me tirar do governo.”
Momentos depois, o presidente da Câmara respondeu às críticas do chefe do Planalto e afirmou que não revidará aos ataques, mas disse que Bolsonaro recorre a uma “tática” para fugir do principal debate público.
“O presidente ataca como um velho truque da política. Quando você tem uma notícia ruim, como a demissão do ministro Mandetta, ele quer trocar o tema da pauta. O nosso tema continua sendo a Saúde. Continua sendo as ações que foram conduzidas pelo ministro Mandetta, e agora estão sendo construídas pelo novo ministro”, declarou.
O presidente da Câmara voltou a defender o socorro financeiro aos estados e condenou que os conflitos políticos entre Bolsonaro e os governadores prevaleçam sobre a crise do novo coronavírus.
Maia afirmou ainda que a saída de Mandetta “assusta a população brasileira”, já que o Ministério da Saúde passa por uma troca de comando no meio de uma pandemia. Fonte: Site Jota
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