Senador Confúcio, em forma de homenagem, narra a história de luta, dedicação e sucesso da esposa Alice, de uma Rondônia do pioneirismo a uma Rondônia de maravilhas.
Neste Dia Internacional da Mulher, 8 de março, quero homenagear especialmente minha companheira de todas as horas, Alice.
Comigo, em janeiro de 1977 ela passou a fazer parte da história de Ariquemes e do ex-Território Federal de Rondônia, dando tudo de si para o bem-estar de mulheres simples e guerreiras dos aglomerados urbano e dos lotes distantes na imensidão da floresta que nos circundava.
Alice aqui chegou em 1976, formada médica numa turma de 90 profissionais – 70 homens e 20 mulheres. Mesmo assim, pôde trabalhar em um ambiente normal para as mulheres, sem preconceitos.
Minha esposa foi mãe ainda cursando a Faculdade de Medicina; exerceu a profissão com as filhas pequenas, e sempre muito responsável e carinhosa, trabalhou muito.
Por cinco anos, ela foi a única médica na cidade de Ariquemes. Na sua compreensão e solidariedade, dividiu-se ainda por outras sendas de permanentes carências, exercendo o magistério em curso preparatório para vestibulares e supletivos.
Alice caminhou bem em sua área de atuação. Na mais sublime vontade de proporcionar o bem-estar e conforto físico e espiritual às suas semelhantes – e só elas são capazes de enfrentar dores tão diferentes – dedicou à Amazônia e ao País o seu estudo a respeito da Transmissão da malária transplacentária e à obtenção do primeiro caso de interrupção da gravides por feto anencéfalo, autorizado pelo então juiz da Comarca de Ariquemes, Gilberto Pereira de Oliveira.
Foram situações que ao serem lembradas neste 8 de março, evidentemente conduzem a todos à pesquisa, estudo e conclusões de tudo quanto está sujeita a sofrer a mulher numa nova fronteira humana e econômica plantada neste canto da Amazônia Ocidental Brasileira.
Alice, hoje você representa todas aquelas que sentiram as dores e alegrias do parto, e aquelas que deixaram de ser mãe devido a anencefalia.
Honra-me cumprimentá-la, e a todas as mulheres que se tornaram mães por suas hábeis mãos. E, por elas, cumprimento também suas filhas e netas que, quase meio século depois, fazem este estado crescer demograficamente, consolidando-se como Unidade Federativa Nacional.
Ao mesmo tempo quero reconhecer que este Dia Internacional da Mulher vem se apresentar bem diferente em nosso País: pelo motivo do aumento do sofrimento da mulher diante de delicados problemas e dos atentados diários que têm sofrido.
Não esmoreçam, mulheres! Confiai e crescei, porque sua estrada é longa.
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