O evento da inauguração da sede do Movimento QUESTÃO DE ORDEM: A OAB PODE MAIS foi prestigiado por advogados e advogadas da Capital e de algumas cidades do interior do Estado. O espaço será destinado as ações de um grupo que se uniu para debater e propor mudanças na atuação da Seccional da OAB em Rondônia, não só no que diz respeito à defesa das prerrogativas da classe, mas também dos interesses da sociedade. O ex-presidente, Dr. Orestes Muniz participou do evento e foi dele a fala mais dura contra o Processo Judicial Eletrônico, para quem a nova ferramenta “tem prejudicado a prestação jurisdicional por falhas constantes no sistema, inclusive com a paralisação de processos. Se não funciona, não se pode alegar avanço” Os membros do Movimento se revezaram nas falas em tom crítico com relação à forma passiva com que a atual gestão tem se portado frente a inúmeras queixas de advogados com a inoperância do sistema. “Não somos contra a tecnologia, pois a adequação aos avanços é uma realidade inexorável, mas enquanto o sistema não funciona plenamente deve ser garantida a protocolização física como forma de garantir a eficácia da prestação jurisdicional”, disse Orestes Muniz. O coordenador do Movimento, Ernande Segismundo, elevou o tom da crítica à atual gestão lamentando que a OAB tenha perdido o protagonismo institucional na defesa da maior prerrogativa profissional que é o pleno exercício da advocacia para garantir o Direito individual e coletivo. “Os advogados querem trabalhar e o PJe não permite. A seccional está aprisionada nas colunas sociais dos jornais e o nosso grande desafio é libertá-la para que assuma com relevância o debate social”. Segismundo disse ainda que nos últimos anos a OAB/RO não emitiu uma única nota pública sobre questões de interesse da sociedade, tampouco puxou uma única audiência pública sobre, a problemática da saúde, a precária segurança pública, a crescente atividade do garimpo do rio Madeira e os diversos escândalos locais de corrupção. O Movimento fará atos públicos para difundir suas propostas, entre as quais destacam-se: a aprovação do fim da reeleição para presidente, a queda do tabu sobre as finanças da Seccional, maior participação feminina no cargos dos conselhos estadual e federal e a eleição direta para a escolha da lista sêxtupla do Quinto Constitucional.
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