Em pronunciamento durante a sessão ordinária de terça-feira (1º) no Plenário da Assembleia, o deputado Jean Oliveira (PSDB) denunciou que Rondônia perde recursos com incentivos fiscais a frigorífico e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes) com o não recebimento de empréstimos concedidos.
Segundo o parlamentar, o Bndes pode ter perdido algo como R$ 840 milhões com o Frigorífico JBS, fruto de um empréstimo que totaliza mais de R$ 8 bilhões. “O governo federal trata esta empresa com uma diferenciação absurda”, declarou Jean ao informar que o JBS e uma empresa americana conseguiram a liberação de mais de R$ 1 bilhão em um empréstimo em apenas 22 dias, enquanto outras empresas o tempo de tramitação pode chegar a até sete meses.
Destacou Jean Oliveira, que esta empresa que monopolizou os empréstimos no Brasil monopolizou os negócios do agronegócio em Rondônia, também. O favorecimento a esta empresa desfavorece o agricultor, o pecuarista rondoniense, pagando o que quer. “Nosso preço é um dos piores do país, só ganhando do preço do Acre”.
O deputado questionou o governo brasileiro quanto à permissividade de praticar o preço que bem entender na arroba do boi produzido em Rondônia. “Eles recebem incentivos fiscais para gerar emprego e renda e com estas práticas acabam por afastar e a prejudicar o produtor”.
Iteron
O parlamentar também pediu celeridade quando ao envio a Assembleia do projeto que cria o Instituto de Terras e Colonização do Estado de Rondônia (Iteron) por parte do Executivo. “Este projeto precisa ser votado com celeridade, pois Rondônia precisa regularizar suas terras e incentivar cada vez mais o setor produtivo no Estado”.
Apartes
Ezequiel Júnior (PSDC) falou das dificuldades que o pequeno produtor tem em conseguir um empréstimo enquanto que esta empresa tem todas as benesses do Governo. Edson Martins (PMDB) disse não ter explicação para este descaso do preço. Adelino Follador (DEM) reforçou a questão da diferenciação do preço do gado em São Paulo e em Rondônia que chega a quase 20%. “Um absurdo”.
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