Expedito cobra explicações do coronel sobre processos no TCE

“Você pode enganar uma pessoa por muito tempo; algumas por algum tempo; mas não consegue enganar todas por todo o tempo”. Essa máxima, do ex-presidente norte americano Abraham Lincoln, pode se moldar à perfeição ao comportamento do candidato ao governo, Marcos Rocha, nesta campanha eleitoral.

No debate promovido pela TV Rondônia na noite desta quinta-feira, o candidato Expedito Junior mostrou vários processos contra ele no Tribunal de Contas, além de um caso que pode redundar num crime de prevaricação e ainda um esquema pelo qual, na condição de secretário, conseguiu dar um “jeitinho” para receber mais de R$ 200 mil de licença prêmio em dinheiro, algo proibido para a maioria dos servidores, exceto em caso de doença grave, que não era o caso do coronel.

O coronel que ao longo da campanha tentou passar uma imagem de algo novo, de político ficha limpa, viu o chão fugir-lhe os pés depois que a máscara caiu. Em março deste ano, o Tribunal de Contas detectou por meio de auditoria um verdadeiro caos no sistema penitenciário. Foram destacados 43 pontos em desacordo. Dentre vários problemas, apurou-se que o então secretário não tinha a menor noção sequer sobre o custo de um apenado para o estado.

Mais recentemente, o conselheiro, Francisco Carvalho da Silva, apontou inconsistências na declaração das contas que ultrapassam a cifra dos R$ 30 milhões, ou seja, de acordo com o TCE/RO, Marcos Rocha não esclareceu onde foi parar essa montanha de dinheiro.

Expedito lembrou que, igual ao coronel, também foi secretário de Estado, à época responsável pela pasta de Trabalho e Promoção Social, porém nunca respondeu a qualquer ato por improbidade. “Pelo contrário, recebi e recebo muitos elogios até hoje porque naquela época criei escolas profissionalizantes para adolescentes que fabricavam carteiras escolares e outros móveis que eram adquiridos pelo próprio Estado”, recordou.

Além dos processos no Tribunal de Contas, Expedito lembrou que o próprio Marcos Rocha relatou um caso de quando era secretário municipal da educação e recebeu uma proposta de suborno no valor de R$ 1 milhão e, embora na condição de coronel policial militar e autoridade municipal, não deu voz de prisão ao corruptor porque, segundo disse no debate para espanto geral, “estava com o pé operado”.

Para derrubar a máscara de vez, Expedito mostrou documentos que comprovam que o coronel armou um esquema para receber mais de R$ 200 mil em dinheiro, referente a licença prêmio. Isso porque existe um decreto que proíbe o pagamento em dinheiro da licença, que precisa ser gozada. O pagamento só é autorizado em caso de servidor com caso de doença grave, como câncer. Como não é o caso do coronel, Expedito sugeriu que conseguiu o dinheiro por meio de alguma forma de corrupção.

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será publicado.


*